A qualidade de vida e os índices de avaliação
Redação
A questão fundamental que se pode formular é a seguinte: até que ponto os índices, coeficientes, indicadores e métricas utilizados para avaliar as condições econômicas e sociais de uma população, que retratam a desigualdade de renda, o nível da pobreza e a exclusão social, conseguem expressar também a complexidade das necessidade das pessoas?
Vivaldo Antonio Fernandes Russo e Ettore Bresciani Filho
Comecemos com as ideias que inspiraram as reflexões contidas neste texto externadas em livro recente de Steven Pinker, importante pesquisador da área da ciência cognitiva e neurociências: “Só mesmo alguém insensível negaria que as vitórias contra doença, fome e analfabetismo são façanhas estupendas, mas ainda assim poderíamos questionar se as melhoras contínuas nos tipos de coisas que os economistas medem devem ser vistas como um progresso genuíno. Depois que as necessidades básicas foram satisfeitas, será que a afluência adicional não serviria apenas para incentivar as pessoas a se entregarem a um consumismo frívolo?...As pessoas podem ser sadias, estáveis financeiramente e alfabetizadas e mesmo assim não ter uma vida fecunda e significativa.” (Pinker, 2018, p.297).
A questão fundamental que se pode formular é a seguinte: até que ponto os índices, coeficientes, indicadores e métricas utilizados para avaliar as condições econômicas e ...