Não seguiu as normas técnicas, queimou
Redação
Restos de fósseis, cerâmicas e espécimes raros foram o que sobraram do incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. O museu abrigava, entre suas mais de 20 milhões de peças, os esqueletos com as respostas para perguntas que ainda não haviam sido respondidas —ou sequer feitas— por pesquisadores brasileiros. E tudo isso não seria consumido pelo fogo se o governo e seus administradores cumprissem as normas técnicas.
Hayrton Rodrigues do Prado Filho –
Quando para aprovar o seu segundo mandato Fernando Henrique Cardoso usou a caneta para conseguir o seu intento, começou o processo que nos últimos anos arrasou o país: o loteamento de cargos com nomeações políticas de pessoas sem qualificação para ocupar os cargos públicos nos mais variados órgãos públicos da administração federal e nas estatais. Esse processo piorou muito nos governos Lula e Dilma, resultando no Mensalão e no Petrolão. Temer simplesmente nada fez para mudar esse cenário.
Ou seja, o loteamento dos cargos torna praticamente impossível aperfeiçoar a gestão do Estado, pois transforma os agentes públicos em agentes partidários. Seria preciso criar mecanismos internos para preservar a empresa pública e os ministérios do loteamento político e da má conduta dos gestores.
Pode-se haver o acompanhamento patrimonial dos gestores para além das declarações de renda e bens. Seria oportuno que a área de compliance governamental pudesse submeter os executivos e os membros do conselho de administração a periódicas avaliações patrimoniais, e que não fiquem limitadas a exames de papel, ou seja, um trabalho in loco de conferir se o estilo de vida dos gestores é compatível com seus rendimentos.
Além disso, algumas instituições no Brasil, como o Inmetro e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sabe-se lá em nome de que, utilizam o argumento de que as normas técnicas são apenas ...