Publicado em 12 fev 2019

É urgente gerenciar melhor os riscos das barragens de rejeitos inativas

Redação

Barragens inativas precisam ser tão bem cuidadas quanto barragens em operação, independentemente do método construtivo.

Luis Enrique Sánchez -

O novo desastre decorrente da ruptura da barragem de rejeitos da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, precisa ser analisado sob diferentes perspectivas. Espera-se que uma investigação retrospectiva possa identificar as causas e apurar responsabilidades, mas igualmente importante é encontrar meios efetivos para evitar novas tragédias.

Tem-se falado em proibir barragens construídas pelo método de montante, em reforçar o licenciamento ambiental e em melhorar substancialmente a capacidade de fiscalização da Agência Nacional de Mineração (ANM), medidas certamente pertinentes.

 



Entretanto, há uma característica da barragem rompida (denominada B1) sobre a qual é preciso refletir com cuidado. Diferentemente de outros acidentes em barragens de rejeitos, inclusive o dramático caso de novembro de 2015 da barragem do Fundão, em Mariana, quando ruíram barragens em funcionamento, a barragem B1 estava inativa. Não recebia rejeitos havia mais de dois anos. Não havia sido fechada – ou descaracterizada, para usar um termo atual – mas se pretendia utilizá-la como fonte de matéria-prima.
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Artigo atualizado em 26/09/2024 04:35.

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