Em cemitérios de São Paulo, os vivos se divertem entre as lápides e os jazigos
Redação
Atualmente, e principalmente nas grandes metrópoles, os cemitérios aparecem como sugestão de destino nos mais diversos roteiros turísticos, dividindo prestígio com grandes monumentos e locais de visitação espalhados pelo mundo.
Luiz Vicente Justino Jácomo -
Costuma-se dizer entre os trabalhadores dos cemitérios que o Dia de Finados, celebrado no Brasil em 2 de novembro, seria para os envolvidos no ramo funerário o equivalente em importância ao Natal. É pensando nessa data que equipes espalhadas por praticamente todas as cidades do país se apressam em dar uma caprichada no visual das necrópoles, retocar a pintura, cuidar da jardinagem, etc.
Ao mesmo tempo, comerciantes dos mais diversos produtos se preparam para montar suas barraquinhas, vendendo de velas e flores a capas protetoras de celular e pingentes, passando pelas comidas, bebidas, salgadinhos e sorvetes que são consumidos pelos visitantes. Toda uma estrutura e logística pensadas para receber milhões de pessoas que reservam esse dia para lembrar de seus entes falecidos, prestar sua homenagem, simbolizar através da visita que a lembrança dos mortos ainda ocupa as paredes da memória dos vivos.
Claro que a movimentação do Dia de Finados é desproporcional, já que, na apressada rotina daqueles que vivem, os mortos não costumam ser lembrados com tanta frequência. Mas um...