Os métodos de ensaios de recipientes plásticos para soluções parenterais
Redação
A estocagem de soluções para uso em nutrição enteral, parenteral, hemodiálise e para infusão de medicamentos é facilitada quando se podem usar bolsas plásticas no lugar de frascos de vidro. As bolsas são flexíveis, inquebráveis e resistentes e têm substituído o vidro em muitos dispositivos utilizados em medicina e terapia nutricional. No entanto, como têm sido demonstrados em alguns estudos recentes, o uso de alguns tipos de plástico pode não estar desprovido de risco para o paciente. Atualmente a administração parenteral, tanto de medicamentos quanto nutrientes, é uma prática muito difundida. Um dos riscos desta prática é a presença de contaminantes que, dependendo da sua natureza, podem acarretar graves danos aos pacientes devido à forma direta na corrente circulatória da administração. As soluções parenterais de grande volume são soluções de uso endovenoso e dose única, acondicionadas em frascos de vidro ou plástico contendo a quantidade especificada na embalagem. Essas soluções têm por finalidade a manutenção do equilíbrio líquido e eletrolítico do sangue, além da ação energética fornecedora de calorias. Em paciente em situação de emergência, de deficiência de volume sanguíneo, a providência inicial do ponto de vista terapêutico é a pronta aplicação de solução isotônica de cloreto de sódio (NaCI) a 0,9%, que não apresenta qualquer tipo de contraindicação. Subsequentemente, deve ser observado o equilíbrio ácido/básico e para tanto se utiliza do recurso da administração de solução parenteral. O frasco de vidro é o material ideal para acondicionamento, pois oferece garantias maiores para a manutenção da qualidade do produto pelas características próprias do vidro, mas, as razões de ordem econômica têm levado à utilização do plástico. São empregados frascos plásticos que devem se enquadrar dentro de especificações físicas, mecânicas, térmicas, elétricas e físico-químicas de tal modo a serem inócuos e não contaminarem as soluções, bem como serem inertes em relação aos princípios ativos que acondicionam. Além de todas estas propriedades é imprescindível que haja suficiente impermeabilidade do material a micro-organismos ou biobarreira, vapores e gases Dessa forma, deve-se entender os métodos de ensaios físicos, químicos e biológicos de recipientes plásticos para soluções parenterais.
Da Redação –
Nas embalagens plásticas das soluções parenterais, os plásticos mais utilizados são o polietileno de baixa pressão e alta densidade que pode ser aquecido a 120°C sem alteração e com possibilidade de serem autoclavados. O polietileno costuma ser revestido por outros polímeros a fim de torná-lo menos permeável.
Utiliza-se também o polipropileno que é mais leve e menos permeável, porém mais opaco (o que não é desejável), ainda que resista bem à autoclavagem. Deve-se ressaltar que os frascos plásticos apresentam microporos em sua estrutura. Quando há empilhamento excessivo, devido à ação do peso, ocorrem vazamentos através do rompimento de tais microporos resultando daí contaminações que levam à perda da esterilidade do produto. Outro ponto crítico dos frascos plásticos é o bico, pois no momento de sua vedação nem sempre o processo se realiza com a eficiência desejada, acarretando mais uma possibilidade de perda da esterilidade.
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