Publicado em 05 abr 2022

Os riscos da fumaça aos seres vivos em um incêndio

Redação

A principal causa de morte e de necessidade de internação hospitalar de indivíduos expostos a incêndios ocorre devido aos problemas causados pela inalação de fumaça. Cerca de 80% dos óbitos são por inalação de vapores e produtos químicos, principalmente monóxido de carbônico e cianeto. As lesões térmicas pela fumaça, ou seja, as queimaduras causadas pelo calor da fumaça nas vias aéreas, geralmente se limitam à região da orofaringe. O contato das vias respiratórias com ar muito quente estimula o fechamento da glote, diminuindo a passagem de calor para dentro dos pulmões. Outro fator é a elevada dissipação de calor no trato respiratório superior, que ajuda a reduzir a temperatura da fumaça antes de ela chegar aos pulmões. Experimentos em animais mostram que fumaça inalada a 142°C chega a arrefecer até 38°C no momento em que alcança os brônquios principais, já não sendo mais capaz de queimar os pulmões. Uma exceção ocorre no caso de aspiração de calor úmido, como vapores, que conseguem se manter quentes até os pulmões, podendo causar sérias lesões térmicas nos órgãos. O ar úmido quente é mais perigoso que o ar seco quente. A fumaça pode ser bastante perigosa e seus efeitos vão muito além de ser apenas tóxico. A fumaça obstrui a luz e limita a visibilidade dos seres vivos. Isso, por sua vez, diminui a velocidade de deslocamento, de modo que leva mais tempo para os ocupantes chegarem à segurança. A fumaça também pode ser muito quente, queimando o interior dos pulmões. Para manter a capacidade de permanência dentro de uma saída de edifícios, os sistemas de controle de fumaça devem ser projetados, instalados e testados adequadamente de acordo com a norma técnica. Este sistema deve fazer parte de um plano geral de segurança da vida que ajuda a garantir o bem-estar dos ocupantes do edifício. Os sistemas de controle de fumaça não apenas precisam ser projetados e instalados corretamente, mas também precisam ser mantidos. Ao contrário do senso comum, 77% das causas de óbito em um incêndio se dão como consequência da inalação da fumaça e não por queimadura. A propagação da fumaça é muito mais rápida que a capacidade de reação de fuga do indivíduo, o que a torna letal. A inalação massiva pode gerar graves danos à saúde, chegando a ser fatal. O alto grau de intoxicação do monóxido de carbono somado a outros materiais em combustão no local (materiais esses compostos por substâncias químicas extremamente danosas à saúde) exige muito mais do que os limites impostos pelo sistema respiratório.

Da Redação – 

Os riscos da inalação de fumaça de incêndio são muitos. Os efeitos colaterais podem ser variáveis, a depender do nível de exposição. Desde uma leve intoxicação até um quadro grave de doença respiratória. Os problemas respiratórios são muito sérios e podem levar à morte por sufocamento.

Isso se deve ao monóxido de carbono, que quando adentra as vias aéreas e chega aos alvéolos (local responsável pela troca gasosa e parte fundamental da respiração), causa um acúmulo de sangue, impedindo a respiração. Os riscos são tantos que mesmo os bombeiros que são treinados para isso não trabalham em todos os incêndios. Dependendo do tipo, é necessária uma equipe especial para lidar com incêndios envolvendo materiais perigosos e o uso de um uniforme especial.

Sinais e sintomas de alerta

Caso a exposição não tenha sido de forma direta, é necessário estar atento aos sinais e sintomas que podem acarretar em problemas respiratórios graves. Entres os principais sintomas estão uma tosse seca forte, chiado no peito, dificuldade para respirar, tonturas, enjoos, desmaios, boca e pontas dos dedos arroxeados ou azulados....

Artigo atualizado em 05/04/2022 06:37.

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