Os processos autodestrutivos na adolescência
Redação
Quais são os processos autodestrutivos na adolescência, falta de atenção plena e o sofrimento juvenil?
Karina Okajima Fukumitsu -
Certa manhã, surpreendi-me com meu filho de 12 anos tomando café, mexendo no celular e comendo seu cereal, sem a plena atenção na maneira como comia. Fiquei brava com ele e “confisquei o celular temporariamente”, dizendo que não era certo comer e ver o celular ao mesmo tempo.
Sentei-me ao lado dele, tentei puxar conversa perguntando como ele estava e Enzo emudeceu, mostrando-se ressentido com o fato de eu ter retirado o celular “no momento que o vídeo do YouTube estava quase para acabar”. Cometi um erro grotesco ao retirá-lo abruptamente de suas mãos e uma mistura de culpa e intenção “de educar direito” e de ofertar orientação e limites começou a invadir meu coração. Conjunto de sentimentos inóspitos que precipitaram o questionamento sobre se eu estava sendo uma “boa” mãe. Em vez de encontrar respostas que pudessem dar conta da minha insegurança, mais questões emergiram e serviram de inspiração para a presente reflexão sobre os processos autodestrutivos na adolescência, falta de atenção plena e o sofrimento juvenil.
O que leva os adolescentes a direcionarem seus interesses e seu tempo para se autodestruírem? O que significa sermos bons pais nesta época, cujo fazer se sobrepõe ao ser? O que significa educar um filho em uma época de estímulo demasiado das habilidades tecnológicas?