O Brasil no Programme for International Student Assessment 2018 (PISA)
Redação
Os tempos atuais não toleram mero repasse de conteúdo, que, ao final, é um tipo de imbecilização. Espera-se que os estudantes, desde o pré-escolar, cultivem a curiosidade por ciência, pesquisa, experimentação, autoria e, para isso, precisam de docentes autores, cientistas, pesquisadores.
Pedro Demo
O desempenho do Brasil no PISA sempre foi muito insatisfatório, em parte porque nosso sistema de ensino se dedica ao repasse conteúdo, não ao aprendizado. Em sala de aula, não existem atividades de aprendizagem sistemáticas, como ler, estudar, pesquisar, elaborar, argumentar, analisar. O PISA tem fama de não ser conteudista, evitando puxar pela memorização, embora muitos considerem ser apenas menos conteudista, pois todas as provas do formato do PISA tendem ao conteudismo.
Somente 2% dos estudantes brasileiros tiveram o maior nível de proficiência (níveis 5 ou 6) em pelo menos um conteúdo (média na OECD foi de 16%), e 43% ficaram abaixo do nível mínimo de proficiência (nível 2) nos três conteúdos (média da OECD de 13%). Em leitura, o Brasil ficou na 58ª posição de 79 países, à frente da Argentina (64ª); em matemática, na 71ª posição, também à frente da Argentina (72ª); em ciências, Brasil e Argentina empataram na 65ª posição. Sempre a Argentina apareceu à frente, mas, desta vez, ...