A indústria de alimentos e bebidas depois da crise
Redação
Na indústria de alimentos e bebidas, já é possível notar mudanças importantes no padrão de consumo das famílias a partir da quarentena recomendada por órgãos de saúde. Por exemplo, com as pessoas mantendo todas as suas atividades dentro de casa, nota-se o maior movimento em mercados de bairros residenciais.
Monica Pieratti –
Segundo a Organização das Nações Unidas, a pandemia representou a mais desafiadora crise desde a Segunda Guerra Mundial. Além das questões de ordem sanitária, temos à frente um desafio de longo prazo e diretamente ligado à capacidade humana de resiliência e reinvenção - enquanto indivíduo e enquanto sociedade. Se é certo que o momento é difícil e exige esforços em um mesmo sentido, também é certo que o momento esconde oportunidades para aqueles que tiverem olhos atentos.
Na indústria de alimentos e bebidas, já é possível notar mudanças importantes no padrão de consumo das famílias a partir da quarentena recomendada por órgãos de saúde. Por exemplo, com as pessoas mantendo todas as suas atividades dentro de casa, nota-se o maior movimento em mercados de bairros residenciais - o estudo Kantar Thermometer indica que 75% dos brasileiros têm preferido comprar em supermercados próximos de casa - e, sobretudo, o incremento das vendas de alimentos e bebidas em plataformas online.
Em março, o volume de vendas de itens de alimentação em canais digitais cresceu 330% em relação ao mês anterior, segundo dados da empresa de inteligência Corebiz. Não há dúvida que o número está inflado devido às limitações de deslocamento em diferentes regiões, mas é de se esperar que muitas famílias e consumidores continuem dando preferência a este canal mesmo passada a crise - principalmente se levado em consideração que um retorno à normali...