Publicado em 20 dez 2022

Os dispositivos de proteção contra surtos (DPS) em sinalização ferroviária

Redação

A sinalização é um dos componentes mais importantes dentre os muitos que compõem um sistema ferroviário. A segurança do movimento dos trens depende disso e o controle e gerenciamento dos trens depende deles. Ao longo dos anos, muitos sistemas de sinalização e controle de trens evoluíram, de modo que hoje se desenvolveu uma indústria altamente técnica e complexa. Assim, a segurança operacional é a base de qualquer operação ferroviária. Devido às grandes massas e inércias envolvidas, acidentes ferroviários costumam ser catastróficos e de grandes proporções. Além disso, causam perda de vidas, ativos e faturamento devido à interrupção do tráfego. Os sistemas de supervisão e controle de tráfego são utilizados para melhorar a segurança e a capacidade de uma ferrovia. Os sistemas de supervisão atuam diretamente nos trens, através de equipamentos de bordo, e os de controle são de nível gerencial, de manipulação do tráfego e emissão de licenças para os trens. Ambos os sistemas tem sua capacidade definida pelo sistema de sinalização utilizado, uma vez que é este que define o nível de sofisticação e os protocolos de comunicação entre campo e centro de controle e entre elementos do campo. No Brasil, os sistemas de controle de tráfego centralizado (CTC), controle de tráfego automático (CTA) e a operação de tráfego automática (ATO) têm sofrido com o vandalismo e o roubo de cabos e fios que interligam os equipamentos de via com os centros de controle. Esses fatos ocasionam frequentes interrupções de tráfego, assim como podem provocar sérios acidentes, diminuindo a qualidade e a segurança dos serviços prestados à população. Assim, os dispositivos de proteção contra surtos (DPS) destinam-se a limitar as sobretensões transitórias e a desviar as correntes de surto e que contém pelo menos um componente não linear. Os DPS tipo comutador de tensão apresenta uma alta impedância quando nenhum surto está presente, mas que pode ter uma mudança brusca de impedância, para um valor baixo, em resposta a um surto de tensão. Exemplos comuns de componentes usados como dispositivos comutadores de tensão são centelhadores, tubos a gás, tiristores (retificadores controlados de silício) e triacs. Estes DPS, às vezes, são chamados tipo curto-circuitantes (tipo crowbar). Todos devem seguir padrões normativos, funcionais e operacionais, quando são empregados em linhas elétricas de energia e linhas elétricas de sinal vital e não vital, como circuitos de via, para sistemas de sinalização ferroviária.

Da Redação – 

O baixo coeficiente de atrito, entre as rodas dos veículos ferroviários e os trilhos, faz com que a frenagem e a parada necessitem de muita distância livre à frente. Assim, o grande limitador de capacidade de uma operação ferroviária é o intervalo entre trens ou headway. A separação entre dois trens depende de alguns critérios descritos a seguir.

Envolveria de como a licença de movimento é recebida pelo trem; e de como a via é liberada após a passagem de um trem. O primeiro critério pode ser satisfeito de diversas maneiras: entrega da licença manualmente ao maquinista em estações ao longo da via, sendo ela um bastão ou um documento de autorização de movimento; autorização verbal seja ela dada pessoalmente em estações ou via rádio; sinais ao longo da via, que com diferentes aspectos indicam ao maquinista se o mesmo deve proceder ou parar, ou até mesmo a velocidade máxima autorizada; e indicação dentro da cabine da locomotiva, podendo ser ela através de dispositivos luminosos que simulam um sinal ou mesmo nos equipamentos de bordo da locomotiva.

Outro critério pode ser satisfeito de duas maneiras: os bl...

Artigo atualizado em 20/12/2022 11:14.

Target

Facilitando o acesso à informação tecnológica