O compliance consistente nunca é demais para enfrentar as ameaças cibernéticas
Redação
Um compliance robusto, customizado e consistente — embora possa demandar mais investimentos financeiros, de tempo e de recursos humanos — afasta a empresa dos produtos de prateleira. Essa proteção massificada, além de muitas vezes não atender aos propósitos de proteção daquele negócio especificamente, pode dar aos stakeholders a impressão de que a ação é superficial, feita apenas para cumprimento de normas dos órgãos reguladores e para o marketing.
Alison Dorigão Palermo –
Não há dúvida de que a cada avanço tecnológico que facilita a vida das pessoas e melhora o desempenho dos negócios — como é o caso do desenvolvimento do e-commerce e dos pagamentos digitais — também são aprimorados os crimes cibernéticos. São ameaças reais, e de consequências graves para a operação e a reputação das empresas, que podem perder recursos financeiros e credibilidade aos olhos de seus clientes.
Essa dinâmica perversa das ciberfraudes requer atenção a um ponto fundamental de proteção: o compliance. Ocorre que, para estar à frente dos criminosos, as empresas precisam adotar estratégias de compliance que tenham uma perspectiva ampla, combinando aculturamento e criação de camadas de proteção dos sistemas potencialmente vulneráveis desenhadas especificamente para aquele negócio.
Na avaliação de alguns críticos, esse tipo de estratégia pode até parecer exagerada — um certo overcompliance —, mas ela é fundamental a essa altura do século 21. A questão vai muito além de simplesment...