Os sistemas instrumentados de segurança funcional para a indústria de processo
Redação
Os sistemas instrumentados de segurança (SIS) são utilizados para monitorar a condição de valores e parâmetros de uma planta dentro dos limites operacionais e, quando ocorrerem condições de risco, devem acionar alarmes e colocar a planta em condição segura ou mesmo na condição de desligamento. As condições de segurança devem ser sempre seguidas e adotadas pelas usinas e as melhores práticas de operação e instalação são dever de empregadores e empregados. É importante lembrar que o primeiro conceito em relação à lei de segurança é garantir que todos os sistemas sejam instalados e operados de forma segura e o segundo é que os instrumentos e alarmes envolvidos com a segurança sejam operados com confiabilidade e eficiência. Os SIS são os sistemas responsáveis pela segurança operacional e por garantir a parada de emergência dentro dos limites considerados seguros, sempre que a operação ultrapassar tais limites. O objetivo principal é evitar acidentes dentro e fora das fábricas, como incêndios, explosões, danos a equipamentos, proteção da produção e do patrimônio e, mais do que isso, evitar riscos de vida ou danos à saúde pessoal e impactos catastróficos à comunidade. Deve ficar claro que nenhum sistema está completamente imune a falhas e, mesmo em caso de falha; deve fornecer uma condição segura. Assim, há especificações normativas para o projeto, instalação, operação e manutenção de um SIS, de modo que seja confiavelmente garantido que este sistema alcance ou mantenha o processo em um estado seguro.
Da Redação –
Os SIS foram concebidos de acordo com as normas alemãs DIN V VDE 0801 e DIN V 19250, que foram bem aceitas durante anos pela comunidade de segurança global e que motivaram os esforços para criar uma norma global, IEC 61508, que hoje serve de base para toda a segurança operacional de sistemas elétricos, eletrônicos e dispositivos programáveis para qualquer tipo de indústria. Esta norma abrange todos os sistemas de segurança de natureza eletrônica.
Os produtos certificados de acordo com a IEC 61508 devem cobrir basicamente três tipos de falhas: as aleatórias de hardware, as sistemáticas e as causas comuns de falhas. Na prática, em diversas aplicações tem-se verificado a especificação de equipamentos com certificação para serem utilizados em sistemas de controle, sem função de segurança.
Acredita-se também que existe um mercado de desinformação, levando à aquisição de equipamentos mais caros desenvolvidos para funções de segurança onde, na prática, serão utilizados em funções de controle de processos, onde a certificação não traz os benefícios esperados, dificultando, inclusive, o uso e operação dos equi...