Publicado em 31 mar 2020

Petróleo despenca no mundo, mas preço reduzido não chega ao consumidor

Redação

Por que alguns postos operam com valores altos, mesmo quando há cortes de preço da Petrobras no fornecimento às refinarias?

Inácio Nogueirol  - 

 

A guerra nos preços do petróleo entre Rússia e Arábia Saudita, dois dos maiores produtores do mundo, causou uma verdadeira turbulência na economia global. O barril do petróleo Brent despencou de 24,10%, chegando a US$ 34,6. Já o barril do petróleo WTI registrou baixa de 24,6%, alcançando US$ 31,13.

Acrescida a esta grande tensão está a reclamação do presidente Jair Bolsonaro sobre a redução do valor dos combustíveis nas refinarias, promovida pela Petrobras, que não chega no bolso do consumidor. Com isso, a cobrança elevada de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tornou-se persona non grata para a população devido aos elevados preços da gasolina e do diesel nos postos.

A reclamação do presidente, inclusive, transformou-se num verdadeiro desafio aos governadores, já que o chefe do executivo federal sinalizou sobre a intenção de reduzir os tributos federais em troca da diminuição da alíquota do ICMS. Mas será que a cobrança de tributos é único vilão para os preços elevados dos combustíveis?

Para se ter uma ideia, em São Paulo, por exemplo, basta andar de um bairro para outro para ver a disparidade nos preços. Em zonas mais nobres da cidade, como o bairro do Morumbi, a gasolina chegou a ser cobrada R$ 5,86 na primeira semana de fevereiro. Já em áreas mais afastadas, o valor gira em torno dos normais R$ 4,60. Por que isso acontece? O erro está somente na tributação?

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Artigo atualizado em 02/04/2020 12:18.

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