Publicado em 04 ago 2020

A Termomecanica e o setor de transformação de cobre

Redação

Atuando no setor de transformação de cobre e suas ligas, em produtos semielaborados e acabados, e também na fabricação de produtos em alumínio. A empresa foi fundada em 1942 pelo engenheiro Salvador Arena, é altamente capitalizada, com um patrimônio líquido superior a 800 milhões de dólares. Comprometida com o desenvolvimento sustentável, mantém programas de modernização e expansão que definem sua tradicional estratégia de reinvestimento de lucros. Controlada pela Fundação Salvador Arena, que tem como finalidade estatutária atuar em educação e assistência. Destaca-se no cenário brasileiro por sua contribuição efetiva para a transformação social por meio de seus resultados financeiros. Conta com quatro fábricas no Brasil (três em São Bernardo do Campo – SP e Manaus – AM), uma no Chile (Santiago) e uma na Argentina (Grande Buenos Aires), além de três centros de distribuição (São Bernardo do Campo – SP, Joinville – SC e na Carolina do Norte (EUA)) e cerca de 2.000 empregados. Já Luiz Henrique Caveagna, diretor geral, iniciou na Termomecanica, em 1983, como office boy e depois aprendiz de oficina mecânica. Além da paixão pela organização e de ter trabalhado com o Fundador Salvador Arena, ele tem abrangente conhecimento técnico e estratégico da operação. Graduado em produção industrial e pós- graduado em gestão empresarial, sempre teve vocação industrial e passou por diversas áreas da organização, como coordenação de manutenção e produção, gerente geral, diretor de operações. Antes de assumir em abril o comando da companhia, ocupava o cargo de diretor de operações industriais.

Da Redação – 

O cobre é um metal não ferroso e sua concentração média na crosta terrestre é de cerca de cinquenta partes por milhão (ppm). Por ser um elemento essencial à existência de organismos vivos, o cobre ocorre naturalmente em todos os vegetais e animais. O cobre metálico tem uma cor característica de marrom avermelhado e apresenta um brilho metálico em superfície polida. Como os demais metais básicos, oxida-se na presença do ar. Combina-se com diversos elementos e já foram identificados mais de 150 minerais portadores do metal.

Os minerais de cobre podem ser divididos em diversas classes: minerais 401 sulfetados primários ou hipógenos, óxidos, sulfetos secundários, silicatos, carbonatos, entre outros. Os principais tipos de depósitos sulfetados são os chamados depósitos porfiríticos que atualmente respondem por cerca de 55% da produção do metal. Estão associados a intrusões ígneas félsicas em zonas de subducção de faixas de colisão de placas tectônicas, como na Cordilheira Canadense, na Cordilheira dos Andes e ao redor da margem ocidental da bacia do Pacífico (Filipinas, Indonésia e Papua-Nova Guiné).

A mineralização consiste de intrusões de veios de quartzo e brechas contendo sulfetos de cobre associados a ouro e/ou molibdênio. Esse tipo de mineralização pode ocupar vários quilômetros cúbicos e os depósitos podem conter entre dezenas de milhões a bilhões de toneladas de minério. Os teores de cobre geralmente variam de 0,2% a 1%.

Os depósitos sedimentares são a segunda mais importante fonte de cobre e respondem por cerca de 20% da produção mundial. Esses depósitos consistem de sulfetos finamente granulados disseminados em vários tipos de sedimentos continentais, que incluem folhelhos negros, arenitos e calcários. As quantidades de minério variam de dezenas a centenas de milhões de toneladas, a um teor médio de cobre de 2,1%.

 

Luiz Henrique Caveagna: “os projetos seguem a todo vapor. A produção não foi paralisada, especialmente pelo fato de a Termomecanica manufaturar produtos essenciais, inclusive para a estrutura hospitalar”

A pandemia provocou mudanças substanciais em todos os setores. Com o cobre e suas ligas, que serve de matéria-prima para muitos setores, não foi diferente. Luiz Henrique Caveagna, que acaba de assumir a diretoria geral da Termomecanica, líder no setor de transformação de cobre e suas ligas, aponta que embora a pandemia tenha causado impacto nos negócios, a partir de junho já foi possível sentir uma retomada na construção civil e já se observa uma forte demanda por metais sanitários. Outros mercados como o automobilístico, linha branca, vestuário que tiveram forte retração nos últimos meses por conta da pandemia, ainda seguem um pouco estagnados.

“Mesmo com a pandemia, os projetos seguem a todo vapor. A produção não foi paralisada, especialmente pelo fato de a Termomecanica produzir produtos essenciais, inclusive para a estrutura hospitalar. Para 2020, a empresa deve ver uma queda de 9% no volume de venda total, puxado pelo recuo de 12% no mercado interno. As vendas ao mercado externo devem crescer em torno de 14%, puxado pelo mercado americano, beneficiado também pela desvalorização do real ante o dólar. A empresa aproveitou a ociosidade da fábrica para treinar a sua mão de obra, pois consideramos o capital humano o principal ativo. Não houve demissões e a empresa também não aderiu a nenhum programa do governo”, explica.

Para o diretor, um dos pilares da empresa está na formação do capital humano e sempre reinvestindo em inovação tecnológica. “Além disso, temos um laboratório e um centro de pesquisa referência nacional e internacional, inclusive em tempos de pandemia onde a grande maioria das empresas aderiram aos planos do governo, nós da termomecânica aproveitamos a ociosidade para treinar e capacitar nossos colaboradores e não recuamos os investimentos, acreditamos em uma retomada para 2021”.

Em relação ao cumprimento das normas técnicas em seu processo de produção, é seguido as referências normativas nacionais e internacionais e, para garantir os valores de competência e disciplina, existe uma gestão confiável nas consultas de normas, através de um procedimento do controle de acesso as consultas e as suas atualizações. “O controle das normas técnicas nacionais é realizado por um software de gerenciamento de normas externas que presta serviço de assessoria de controle (o GEDWeb da Target), contratado para gerenciar, e disponibilizar as normas online em sua última atualização; garantindo assim a integridade do sistema e confiabilidade das normas utilizadas”, acrescenta o diretor. Para as normas internacionais, o acesso se dá direto ao site do desenvolvedor, e no caso das normas da American Society for Testing and Materials (ASTM), o principal normalizador de referência, conta com trackers que garantem o acesso a norma online sempre em sua última versão.

Quanto ao sistema integrado de gestão (SIG), relata o diretor, a empresa recebe as informações do software de gerenciamento GEDWeb e da ASTM. “Esse procedimento direciona a um formulário que deve ser preenchido com todas as alterações das normas que utilizamos e planos de ação para continuarmos com o seu pleno atendimento, sendo realizado com a supervisão dos gestores técnicos de cada setor. Isso garante que nosso processo está sempre em conformidade com as recentes atualizações e atendimento da norma em sua totalidade”, finaliza Luiz Henrique.

Artigo atualizado em 04/08/2020 12:17.

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