Publicado em 08 set 2020

A conformidade dos poços de monitoramento de águas subterrâneas

Redação

O poço de monitoramento é um instrumento de análise pontual que possibilita o acesso direto ao aquífero e a obtenção de amostras de água subterrânea sendo amplamente aplicado em estudos ambientais, eventualmente em projetos geotécnicos, como medidores (ou indicadores) de nível d’água. Para instalação de poços de monitoramento para fins ambientais é necessário se executar os serviços de perfuração a seco, sem injeção de água e fluidos de perfuração, para garantir que as características químicas dos solos e água sejam preservadas. A perfuração para instalação pode ser executada com circulação de água e adição de fluidos. Não é aconselhável a perfuração com lama bentonítica, a fim de preservar as características hidráulicas do terreno. Durante as etapas de instalação de um poço de monitoramento é possível conhecer a litologia local, a caracterização hidráulica dos aquíferos, a determinação do nível d’água e a verificação da ocorrência, através de ensaios químicos e físico-químicos, de possíveis contaminantes. O desenvolvimento é uma etapa fundamental no processo de instalação do poço de monitoramento e esse procedimento, quando realizado da maneira correta, melhora a capacidade da maioria dos poços para gerar dados mais representativos, sem desvios químicos e hidráulicos. Portanto um poço bem desenvolvido fornecerá informações com uma maior representatividade e consequentemente a amostra terá uma melhor qualidade. O desenvolvimento além de corrigir os danos causados durante a perfuração, restaurando as condições hidráulicas e hidrogeoquímicas do meio, estabiliza os materiais da formação assim como o pré-filtro, arranjando os grãos de modo que a entrada de materiais de granulometria fina seja minimizada e não ocorra a sua sedimentação no fundo do poço. Deve-se entender os requisitos exigíveis para a execução de projeto e construção de poços de monitoramento de água subterrâneas em meios granulados.

Da Redação – 

Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o aquífero é uma formação geológica que contém água e permite que quantidades significativas dessa água se movimentem no seu interior em condições naturais. As formações permeáveis, tais como arenitos e areias, são exemplos de aquíferos. Eles são classificados em função da pressão das águas nas suas superfícies limítrofes - superior camada topo e inferior camada base - e também em função da capacidade de transmissão de água das respectivas camadas limítrofes.

O livre, também chamado de freático ou não confinado, é aquele cujo limite superior é a superfície de saturação ou freático na qual todos os pontos se encontram à pressão atmosférica. O confinado, também chamado de aquífero sob pressão, é aquele onde a pressão da água em seu topo é maior do que a pressão atmosférica. Em função das camadas limítrofes pode ser definido como: confinado, não drenante e confinado drenante. O aquífero confinado não drenante é aquele em que as camadas limítrofes, inferior e superior, são impermeáveis. Na captação por sondagem nesse tipo de aquífero, a água jorra naturalmente, sem necessidade de bombeamento: são os poços denominados jorrantes ou artesianos. O aquífero confinado drenante é aquele que pelo menos uma das camadas limítrofes é semipermeável, permitindo a entrada ou a saída de fluxos. O aquífero suspenso é um caso especial de aquífero livre formado sobre uma camada impermeável ou semipe...

Artigo atualizado em 08/09/2020 04:24.

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