Publicado em 18 out 2022

A energia do lixo

Redação

A América Latina produz, em média, 1 kg de resíduos sólidos por habitante ao dia sendo o Brasil e o México os maiores geradores na região. Uma melhor gestão dos resíduos sólidos seria capaz de contribuir para o desenvolvimento sustentável da região, bem como ajudar na recuperação do clima. Com novas tecnologias, pode-se ampliar o potencial energético e abrir novas oportunidades de avançar no reaproveitamento dos resíduos sólidos.

Ricardo Lazzari Mendes – 

O Brasil tem pela frente a oportunidade de transformar as 82,5 milhões de toneladas de lixo produzidas por ano em energia. Um dos primeiros passos dessa jornada começa com os leilões de energia, que devem incluir 19 projetos de resíduos sólidos urbanos (RSU) nos certames, que podem viabilizar três novas unidades de recuperação energética (URE) em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Ainda é um avanço tímido diante de um horizonte promissor. O país conta com um Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que prevê a destinação de 63,4% dos resíduos para recuperação de biogás até 2040. A energia elétrica gerada por essas usinas seria suficiente para atender a 9,5 milhões de domicílios.

Os estudos da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos ((Abren) mostram a viabilidade técnica e econômica para a criação de 274 usinas para aproveitamento energético de RSU em 28 regiões metropolitanas. Os empreendimentos demandam investimentos na ordem de R$ 80 bilhões e têm capacidade para criar 15.000 empregos diretos, bem como mitigam cerca de 64,5 milhões de toneladas de CO2 por ano.

Ape...

Artigo atualizado em 18/10/2022 06:17.

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