A conformidade e os ensaios em mantas sob lastro utilizadas em ferrovias

Redação

O lastro tem como função reduzir as cargas transmitidas às camadas subjacentes, drenar a plataforma e resistir a forças laterais e longitudinais. Essa camada pode sofrer colmatação devido a fatores como: passagem dos trens conduzindo à quebra de material; bombeamento de material fino do subleito e sublastro, por material transportado, pelo contato entre dormentes e grãos; socaria durante o processo de manutenção; derramamento de minério na pista e ineficiência dos mecanismos de drenagem da via. A colmatação dificulta a drenagem, provocando acúmulo água na plataforma, causando deformações que geram instabilidade a via, aumentando a quebra do lastro e os riscos de descarrilamento. Com todas as causas de degradação que a via sofre ao longo dos anos, se faz necessário mitigar esses efeitos indesejáveis e para isso são necessárias modificações nas técnicas usuais de manutenção como um meio de buscar métodos mais eficientes e de custo reduzido. Um deles é usar as mantas sob lastro (under ballast mats – UBM) que é um produto em material elastomérico colocado sob a camada de lastro, entre este e o sublastro, ou entre o lastro e a plataforma rígida da via. As mantas sob lastro são instaladas diretamente abaixo do leito de lastro, podendo oferecer isolamento contra vibrações e proteção dos componentes da via. Essa camada de proteção pode reduzir a frequência de manutenção necessária ao longo da vida útil da ferrovia. Como são feitas de borrachas aderidas por resina, quando usadas para fins de atenuação de vibração e dependendo dos parâmetros do projeto, essas soluções podem normalmente atingir níveis de atenuação de 15 a 20 dB com frequência de ressonância reduzida. Como uma manta de proteção, elas melhoram a distribuição da carga na pista levando a uma redução das tensões no lastro e outros componentes da via.