A mitigação dos efeitos de interferências elétricas em sistemas dutoviários
Redação
O sistema dutoviário é constituído por tubos ligados entre si, incluindo seus componentes e complementos, destinado ao transporte ou transferência de fluidos, entre unidades operacionais geograficamente distintas. Os efeitos elétricos podem ocorrer tanto em corrente alternada (ca) como em corrente contínua (cc). Os sistemas ca podem provocar tensões indesejáveis em estruturas metálicas adjacentes. Este efeito é gerado pela atuação de acoplamentos elétricos (indutivo, condutivo ou capacitivo), atuando individualmente ou em conjunto. Estas tensões podem colocar em risco a segurança das pessoas e danificar as estruturas e equipamentos em contato ou próximos a sistemas interferidos. O nível de interferência causado por um sistema ca em uma estrutura metálica deve ser cuidadosamente avaliado, nas condições de regime permanente e curto-circuito. Medidas mitigadoras podem ser adotadas durante a fase de projeto (tanto do sistema interferente quanto interferido), minimizando os custos e os riscos envolvidos. Os sistemas ca podem provocar tensões indesejáveis em estruturas metálicas adjacentes. Este efeito é gerado pela atuação de acoplamentos elétricos (indutivo, condutivo ou capacitivo), atuando individualmente ou em conjunto. As correntes de fuga provenientes de sistemas cc podem causar corrosão em estruturas metálicas enterradas. Esta corrosão, conhecida como eletrolítica, é particularmente crítica, uma vez que seus efeitos podem aparecer em um curto espaço de tempo. Por esta razão, é fundamental identificar o problema desde o projeto e, em sistemas existentes, implantar medidas mitigadoras com rapidez, verificando regularmente a efetividade destas. Há procedimentos normativos para determinar o nível de interferência e meios para controlar e mitigar os efeitos nocivos da circulação de correntes de fuga em sistemas dutoviários, provenientes de sistemas elétricos que operam em corrente contínua, além de procedimentos para determinação do nível de interferência e meios para controlar e mitigar os efeitos nocivos de tensões indesejáveis em sistemas dutoviários, causados por redes de energia elétrica em corrente alternada (ca), nas condições de regime permanente e de curto-circuito.
Da Redação –
Uma das medidas mais eficientes para reduzir interferências ca é aumentar a distância entre as estruturas. O projeto deve observar o afastamento mínimo de 5 m entre o aterramento elétrico de uma torre e transmissão ca e uma estrutura metálica enterrada. Deve ser solicitado à concessionária da linha o remanejamento de eventuais cabos que não atendam a esta orientação. Recomenda-se evitar trechos de paralelismo para reduzir os efeitos do acoplamento indutivo.
A retirada ou o reposicionamento de cabos de aterramento de torres de linha de transmissão (LT) são medidas possíveis para aumentar o afastamento entre estruturas. A resistência de aterramento das torres deve observar as condições de aceitação da concessionária. Os aterramentos elétricos em sistemas interferidos podem ser diretos ou indiretos, provisórios ou permanentes.
Seu objetivo é reduzir o nível de tensão induzida em condições de regime permanente e curto-circuito, embora ao mesmo tempo haja um acréscimo da corrente circulante ao longo da estrutura interferida. As medidas que atestem a integridade do aterramento permanente devem ser incluídas...