A nomofobia afeta as relações familiares e expõe as crianças a riscos digitais
Redação
O uso excessivo do celular em meio a disputas de guarda afeta a relação entre pais e filhos e expõe as crianças a riscos no ambiente virtual. A dependência digital pode gerar distanciamento emocional e expor crianças a cyberbullying, assédio e conteúdos inapropriados.

Paulo Akiyama –
A nomofobia, caracterizada pelo medo irracional de ficar sem o celular, tem se tornado cada vez mais presente e seus impactos vão além da ansiedade e do isolamento social. O uso excessivo do dispositivo pode afetar diretamente as relações familiares, principalmente em situações delicadas como disputas de guarda no contexto do divórcio.
Tanto os pais quanto os filhos podem desenvolver uma relação de dependência com o celular, o que compromete a comunicação, amplia os conflitos e pode expor crianças e adolescentes a graves riscos no ambiente virtual. O impacto emocional do divórcio já é intenso para os pais e, muitas vezes, eles encontram no celular uma forma de distração ou refúgio.
No entanto, essa fuga digital pode afetar o vínculo com os filhos e a capacidade de perceber suas necessidades emocionais, o que agrava ainda mais a situação. O uso contínuo do celular pode levar ao distanciamento emocional, dificultando a mediação da guarda e a convivência familiar, além de gerar irritabilidade, procrastinação de tarefas essenciais e até ser utilizado como ferramenta de monitoramento do ex-cônjuge, aume...