As crises reputacionais matam negócios mais rápido do que as crises financeiras
Redação
As crises reputacionais destroem valor com uma intensidade e uma rapidez que crises financeiras jamais alcançam. O erro das empresas: subestimar riscos reputacionais, e a importância do compliance officer.

Patricia Punder –
O que define a sobrevivência de uma empresa não é mais o tamanho do caixa, a margem de lucro ou o valor de mercado. É a sua capacidade de proteger o ativo mais frágil e, ao mesmo tempo, mais determinante que possui: a reputação.
Ao longo das últimas décadas, acompanhamos companhias robustas, com balanços sólidos e presença dominante no mercado, simplesmente desmoronarem do dia para a noite. Não por falta de dinheiro, mas porque perderam algo que não há balanço que recupere: a confiança.
Recentemente, esse debate ganhou uma nova dimensão com a deflagração da maior operação já realizada no país contra o crime organizado. A Operação Carbono Oculto revelou um esquema bilionário de corrupção, sonegação, lavagem de dinheiro e fraudes envolvendo empresas do setor de combustíveis, fintechs, distribuidoras, fundos de investimento, gestores de ativos e até instituições financeiras de renome.
Foram cumpridos 350 mandados de busca e apreensão em oito estados, incluindo 42 endereços na Avenida Faria Lima, centro nervoso do sistema financeiro brasileiro. As estimativas são alarmantes: R$ 7,6 bilhões em t...