O desafio do pluralismo religioso
Redação
As religiões não deveriam se distanciar pelas diferenças dogmáticas, mas se aproximar pelas semelhanças para que a humanidade, apesar de diferentes visões, atingisse um equilíbrio, um denominador comum. Abrão precedeu o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, mas lançou sementes comuns a todos os Povos do Livro.
Charles Mady -
As religiões e crenças em entes místicos dominam a mente dos povos desde que os seres humanos habitam este nosso minúsculo planeta. Mitos quase impossíveis de serem comprovados, apesar dos intensos esforços de arqueólogos, determinam muitas vezes as atitudes das variadas religiões, movendo sociedades para o bem ou para o mal, triunfando sobre as formas mais racionais de espiritualidade.
Os mitos geram devoções a lugares tidos como santos, e suas adorações constituem, de acordo com as crenças, manifestações de fé. Nos últimos tempos, está havendo um triunfo de mitos sobre a razão. Como exemplo, para judeus, cristãos e muçulmanos, Jerusalém é o símbolo do divino.
Hoje, a discussão sobre quem tem direito a esse símbolo ultrapassa temas fundamentais para o futuro de nosso planeta. Um bem da humanidade passa a ser motivo de discórdias sobre qual das religiões é a verdadeira, relegando outras a um plano secundário, com radicalizações inconcebíveis em sociedades tidas como desenvolvidas. O sagrado não deveria ter preferências, pois não seria assim sagrado.
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