Publicado em 16 jun 2020

Só compre furadeiras que cumpram a norma técnica

Redação

A furadeira é uma ferramenta equipada com um mandril com três castanhas ou com haste cônica, projetado especificamente para furos em vários materiais, como metal, plástico, madeira, etc. Além de brocas, é possível usar outros acessórios utilizados em furadeiras, como bits/ponteiras para remover rebarbas e parafusar. A furadeira de impacto é uma ferramenta equipada com um mandril projetado especificamente para furos em concreto, pedras e outros materiais, semelhante a uma furadeira em aparência e construção, porém com um sistema embutido que fornece movimento de percussão axial ao eixo de saída rotativo. Algumas furadeiras de impacto possuem um dispositivo de desativação do sistema de percussão, de modo que elas possam ser utilizadas como furadeiras convencionais. Além de brocas, é possível utilizar outros acessórios utilizados em furadeiras de impacto, como bits/ponteiras para remover rebarbas e parafusar. A furadeira para coroa diamantada é de impacto destinada a ser equipada com brocas de coroa diamantada com ou sem um sistema com líquido para perfuração de materiais como concreto ou tijolo. 

Para evitar acidentes resultantes do uso incorreto de ferramentas manuais, é importante que os consumidores entendam o uso adequado desses itens. Os gerentes e líderes de departamento das lojas devem incentivar os funcionários a discutir suas preocupações sobre os perigos envolvidos no uso de ferramentas manuais com os compradores. Pode-se ter uma sala de treinamento, devendo-se demonstrar os métodos corretos para operar as ferramentas manuais, sendo importante que todos tenham a oportunidade de usar as ferramentas na prática. É fundamental o cumprimento da norma técnica sobre o assunto, aplicável às furadeiras portáteis e de impacto, incluindo furadeiras para coroa diamantada.

Essenciais para a instalação de dispositivos da rede hidráulica e elétrica à móveis e objetos decorativos em uma construção, a furadeira, como o próprio nome indica, serve para perfurar superfícies. Está disponível em diversos modelos, desde o mais comum a ferramentas de alto impacto, e podem ser de bancada, coluna e pneumática.

Simples ou de impacto, o que muda em cada modelo de furadeira são algumas características como potência, velocidade, tamanho e tipo do mandril, que assim como as brocas – ponteira própria para a perfuração disponíveis em formatos e espessuras diferentes – estarão relacionadas com as particularidades e resistência de cada material  a ser perfurado, como paredes de concreto, madeiras, azulejos, porcelanatos e metais, entre outros. Quanto mais resistente for a superfície, maior a exigência de força da ferramenta e, portanto, necessário um equipamento com maior potência e velocidades variáveis.

Ao escolher uma furadeira deve-se levar em consideração o tempo de uso, os tipos de materiais a serem perfurados/parafusados e se é destinado ao uso profissional ou amador e doméstico, pois existem no mercado diversos modelos, indicados para serviços leves ou pesados, que possuem características específicas que serão determinantes para o bom uso e desempenho do equipamento. E lembre-se, use os equipamentos de proteção individual (EPI) adequados, como luvas, óculos de proteção e protetores de ouvidos, toda vez que for utilizá-la.

As furadeiras manuais são equipamentos portáteis, ou seja, trabalham apoiada à mão, pois não há um suporte para fixação. Sendo assim a utilização deste equipamento não fornece a mesma precisão e o controle como uma furadeira de bancada. As furadeiras utilizadas por hobbistas e em aplicações domésticas, geralmente são mais leves e compactas. Possuem uso em trabalhos leves e casos raros, como furos em concreto, alvenaria, madeira e metais com brocas de menor espessura. Sendo assim brocas superiores a 10mm, dependendo da dureza do material ou fio da broca, podem provocar um grande esforço e desgaste maior ao equipamento.

Outro ponto a ser abordado é a profundidade do furo, que normalmente no manual de uso das brocas possuem a indicação dos limites para aplicação. Antes de comprar um produto desse tipo, é de extrema importância checar a voltagem correta do equipamento (127V ou 220V). E, antes de ligar o aparelho, verifique se o fio está em boas condições, sem nenhum tipo de dano.

O tamanho e o tipo da broca devem ser escolhidos de forma criteriosa. Essa escolha deve ser baseada na relação broca/parafuso. Opte por uma broca um pouco maior que o parafuso ou da bucha que será usada. Também é importante adquirir a broca de acordo com o material ou superfície que se pretende perfurar.

Para uma boa utilização de uma furadeira elétrica utilize uma força gradual. Nunca se deve usar força demais contra a superfície a ser perfurada. Isso pode danificar o rotor do equipamento, ou até mesmo em alguns casos, causar algum tipo de acidente.

Outro fator a se considerar é a proteção do usuário de uma furadeira elétrica. Deve-se sempre segurar a máquina com firmeza nas mãos. Proteger a região dos olhos também é essencial, de preferência utilizando luvas e um óculos de segurança. Isso faz toda a diferença. Antes de perfurar a superfície que deseja, faça uma marcação a lápis. Após isso, não deixe de furar delicadamente o local com um prego: isso orientará a perfuração, evitando que o equipamento escorregue.

Lembre-se sempre que a perfuração de metal pode superaquecer a broca e estragar sua têmpera. Assim, para prevenir esse tipo de problema, coloque algumas gotas de óleo de máquina na broca para perfurar. No caso de perfuração de madeiras muito maciças, a dica é passar um pouco de sabão de coco na broca, antes de realizar o procedimento. Sempre se certifique de obedecer às instruções de uso de sua furadeira elétrica, orientadas pelo fabricante em seu manual. Afinal, se não utilizada corretamente ela pode causar ferimentos.

A NBR IEC 62841-2-1 de 05/2020 - Ferramentas elétricas portáteis operadas a motor, ferramentas transportáveis e máquinas para grama e jardim — Segurança - Parte 2-1: Requisitos particulares para furadeiras portáteis e furadeiras de impacto é aplicável às furadeiras portáteis e de impacto, incluindo furadeiras para coroa diamantada. Também é aplicável às furadeiras que podem ser utilizadas para fixação de parafusos com bits/ponteira. Para todas as operações deve-se seguir algumas recomendações. Deve-se usar protetores auriculares ao utilizar furadeiras de impacto. A exposição ao ruído pode causar perda auditiva. Usar o (s) punho (s) auxiliar (es). A perda de controle pode causar lesão pessoal.

Apoiar a ferramenta corretamente antes de usar. Esta ferramenta produz um torque de saída elevado e o seu apoio incorreto durante a operação pode causar perda de controle, resultando em lesão pessoal. Segurar a ferramenta pela superfície isolada de manuseio ao realizar uma operação onde o acessório de corte possa entrar em contato com a fiação oculta ou com o seu próprio cabo.

O contato do acessório de corte a um fio vivo pode tornar vivas as partes metálicas expostas da ferramenta e pode resultar em choque elétrico ao operador. Para furadeiras que também podem ser utilizadas como parafusadeiras, os dizeres ou fixadores são adicionados após acessório de corte. No uso de brocas longas, nunca operar a uma velocidade maior do que a velocidade nominal máxima da broca. Em velocidade elevada, há a possibilidade de entortar a broca se girar livremente sem entrar em contato com a peça de trabalho, resultando em lesão pessoal.

Começar sempre a perfurar em baixa velocidade e com a ponta da broca em contato com a peça de trabalho. Em velocidade elevada, há a possibilidade de entortar a broca se girar livremente sem entrar em contato com a peça de trabalho, resultando em lesão pessoal. Aplicar pressão somente em linha direta com a broca e não aplicar pressão excessiva. A broca pode entortar e causar a ruptura ou a perda de controle resultando em lesão pessoal. As instruções de segurança para todas as operações incluem o descrito a seguir. Usar protetores auriculares ao utilizar furadeiras de impacto. A exposição ao ruído pode causar perda auditiva.

Usar o (s) punho (s) auxiliar (es). A perda de controle pode causar lesão pessoal. Apoiar a ferramenta corretamente antes de usar. Esta ferramenta produz um torque de saída elevado e o seu apoio incorreto durante a operação pode causar perda de controle, resultando em lesão pessoal. Isso é aplicável somente às ferramentas com torque de saída máximo maior que 100 Nm, medido de acordo com essa norma.

Segurar a ferramenta pela superfície isolada de manuseio ao realizar uma operação onde o acessório de corte possa entrar em contato com a fiação oculta ou com o seu próprio cabo. O contato do acessório de corte a um fio vivo pode tornar vivas as partes metálicas expostas da ferramenta e pode resultar em choque elétrico ao operador. Para furadeiras que também podem ser utilizadas como parafusadeiras, os dizeres ou fixadores são adicionados após acessório de corte.

Para o uso de brocas longas, nunca operar a uma velocidade maior do que a velocidade nominal máxima da broca. Em velocidade elevada, há a possibilidade de entortar a broca se girar livremente sem entrar em contato com a peça de trabalho, resultando em lesão pessoal. Começar sempre a perfurar em baixa velocidade e com a ponta da broca em contato com a peça de trabalho. Em velocidade elevada, há a possibilidade de entortar a broca se girar livremente sem entrar em contato com a peça de trabalho, resultando em lesão pessoal.

Aplicar pressão somente em linha direta com a broca e não aplicar pressão excessiva. A broca pode entortar e causar a ruptura ou a perda de controle resultando em lesão pessoal. Se a elevação de temperatura de qualquer parte da ferramenta exceder a elevação de temperatura determinada durante o ensaio de aquecimento, podem ser aplicados refrigeração forçada ou períodos de repouso, sendo os períodos de repouso excluídos do tempo de operação especificado.

Caso seja utilizada refrigeração forçada, ela não pode alterar o fluxo de ar da ferramenta ou redistribuir os depósitos de carvão. Durante estes ensaios, os dispositivos de proteção contra sobrecarga incorporados na ferramenta não podem ser ativados. O monitoramento de temperaturas externas ajudará a evitar falha s mecânicas. O ensaio com o calibrador de ensaio B da NBR IEC 61032:2007 não é aplicável ao mandril e a qualquer acessório de trabalho que possa ser inserido.

As chaves do mandril devem ser projetadas de forma que possam se soltar da posição quando liberadas. Este requisito não exclui a provisão de clipes para manter a chave no local, quando não estiver em uso; não é permitido o uso de clipes metálicos fixados ao cordão ou ao cabo flexível. A conformidade é verificada por inspeção e ensaio manual. A chave é inserida no mandril e, sem apertar, a ferramenta é girada de modo que a chave permaneça voltada para baixo. A chave deve cair dentro de 2 s.

O projeto do (s) punho (s) deve ser tal que o operador possa controlar o torque de bloqueio estático durante a operação da ferramenta. Dependendo do projeto do punho, o torque de bloqueio não pode exceder os valores máximos relevantes. A Figura 102 (disponível na norma) ilustra, para vários projetos de punhos, o local “S” onde o operador naturalmente empunha o interruptor. Para projetos de interruptores sem um local natural de empunhadura, “S” deve indicar a posição menos favorável no interruptor para a medição do torque reativo.

Este local “S” é utilizado nas Figuras 104 a 107 (disponíveis na norma) para determinar o momento de força para o cálculo do torque. A Figura 103 (disponível na norma) ilustra, para diversos projetos de punhos auxiliares para flanges, o local “F” onde o operador naturalmente segura o punho no flange. Este local “F” é utilizado nas Figuras 106 e 107 (disponíveis na norma) para determinar o braço de momento para o cálculo do torque.

O equipamento de ensaio utilizado para o ensaio de 19.102.3 deve satisfazer os requisitos descritos a seguir. O transdutor de torque e o sensor de ângulo de rotação devem monitorar continuamente o torque e a rotação produzidos pelo eixo de saída da ferramenta durante o ensaio de 19.102.3. A saída do transdutor de torque deve ser conectada a um osciloscópio ou a outro equipamento de aquisição de dados capaz de exibir o gráfico de torque versus tempo da saída da ferramenta durante o ensaio de 19.102.3.

O transdutor de torque deve estar calibrado para medir um torque de pelo menos 150% do valor de ajuste do torque de bloqueio estático da ferramenta ou torque de deslizamento de uma embreagem de sobrecarga (MR), com precisão de medição de ± 1 %. O ângulo de rotação deve ser medido com precisão de ± 2°. O equipamento de aquisição de dados utilizado para medir o sinal de torque durante o ensaio deve ter uma taxa de amostragem de pelo menos 15 kHz, mas a largura da banda deve ser limitada por um filtro passa-baixa de primeira ordem com uma frequência de corte de (1 ± 0,1) kHz, para minimizar o efeito de transientes.

A junta que é conectada à ferramenta durante o ensaio deve ser capaz de bloquear a ferramenta sobre um ângulo de rotação entre 30° e 60°. A junta que cumpre este requisito deve ser um elemento de torção ou outro dispositivo desse tipo que mantenha a ferramenta em equilíbrio durante o ensaio. Uma fonte de energia regulada que é conectada à ferramenta durante o ensaio deve ser capaz de fornecer a tensão nominal e a frequência nominal fornecidas na etiqueta de identificação da ferramenta (por exemplo, 120 V CA, 60 Hz).

Deve também ter um tamanho adequado, de modo que a queda de tensão durante o ensaio não possa desviar da tensão nominal ou do limite superior da faixa de tensão nominal em mais de 7%. A conformidade é verificada por inspeção e medição. As furadeiras são ensaiadas sem carga, sem qualquer acessório instalado, com todos os ajustes de velocidade configurados no valor mais alto. Investigações experimentais têm mostrado que os valores de emissão de ruídos de furadeiras com carga e sem carga são muito similares.

Por razões de simplificação, a emissão de ruído é, portanto, medida sem carga. Para furadeiras de impacto, a velocidade a ser utilizada deve ser a recomendada pelo fabricante para uma broca de 8 mm para perfuração de concreto. As furadeiras de impacto são ensaiadas com carga, de acordo com as condições das tabelas abaixo.

Antes do ensaio, a amostra é operada sem carga por pelo menos 5 min. Todas as medições são feitas com a ferramenta funcionando em posição de avanço. A amostra é conectada ao dispositivo de medição e é fixada durante o ensaio. A medição é conduzida usando sete medições experimentais na mesma amostra, sendo cada experimento conduzido da seguinte forma: energizar a ferramenta na posição completamente ligada o mais rápido possível e permitir que a junta seja apertada até a parada completa.

Para ferramentas sem uma embreagem de sobrecarga mecânica, o torque de saída é determinado pelos sinais que são estáveis durante um mínimo de 2 ms após o pico inicial (se for o caso), o valor do torque de saída é determinado pela medição sobre a região estável por um intervalo T não excedendo 100 ms. Se houver variação durante este intervalo, o valor médio deve ser utilizado. Para sinais que não são estáveis durante um mínimo de 2 ms após o pico inicial, o valor do torque de saída deve ser o valor eficaz do sinal ao longo da rotação a partir de desligado até que o pico de torque seja atingido.

Se a ferramenta utilizar circuito (s) eletrônico (s) que afete (m) o torque de saída no ensaio acima, o torque de saída deve ser quando todas as funções que afetam o torque de saída são consideradas SCF e são avaliadas, o valor aplicável descrito acima com todas as funções que afetam o torque de saída ativadas; ou quando todas as funções que afetam o torque de saída não são avaliadas como SCF, de acordo com 18.8, o maior valor aplicável descritos acima com todas as funções que afetam o torque de saída ativadas; cada função que afeta o torque de saída desabilitada individualmente e ensaiada uma única vez.

Se o torque de saída for superior ao valor quando todas as funções forem habilitadas, o resultado do ensaio com o maior valor de torque de saída é conduzido para dois experimentos adicionais, onde cada experimento pode utilizar uma nova amostra. Os sinais de torque podem exibir um pico transiente com um sinal relativamente estável após o pico. O sinal estável pode exibir uma mudança relativamente lenta, causada, por exemplo, pelo aquecimento dos enrolamentos.

O sinal estável também pode exibir variação periódica do sinal devido à ondulação do torque. A média sobre este período estável fornece um valor de torque significativo. O pico transiente e a região estável nem sempre estão presentes. Para ferramentas com uma embreagem de sobrecarga mecânica, o torque de saída é determinado pelo valor máximo do primeiro pico que ocorre após o início do experimento. Os picos posteriores, mesmo que pareça que tenham valores maiores, não são levados em consideração.

Antes do próximo experimento, desconectar o eixo do dispositivo de ensaio e operar a ferramenta sem carga por no mínimo 3 s. Permitir que a ferramenta se resfrie por no mínimo 2 min antes do próximo experimento. As ferramentas com um torque de saída máximo superior a 100 Nm não podem possuir um dispositivo de travamento. A conformidade é verificada por meio de inspeção e medição.

Para ferramentas com um torque de saída máximo de 100 Nm ou menor, um dispositivo de travamento do interruptor, se houver, deve estar localizado fora da área de empunhadura, ou projetado de tal maneira que não seja intencionalmente travado pela mão do usuário durante operação com a mão esquerda ou direita. Esta área de empunhadura é considerada a área de contato entre as mãos e a ferramenta enquanto o dedo indicador desta mão está apoiado sobre o atuador do interruptor da ferramenta. A conformidade é verificada por inspeção ou, para um interruptor com um dispositivo de travamento dentro da área de empunhadura, pelo ensaio descrito a seguir.

Com o interruptor na posição ligado, o dispositivo de travamento não pode ser acionado por uma borda reta de 25 mm de comprimento quando a borda reta for empurrada para baixo sobre o dispositivo de travamento. A borda reta deve ser orientada em qualquer direção e deve ser aplicada para sobrepor a superfície do dispositivo de travamento e qualquer superfície adjacente ao dispositivo de travamento.

Hayrton Rodrigues do Prado Filho

hayrton@hayrtonprado.jor.br

Artigo atualizado em 16/06/2020 12:24.

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