Publicado em 11 nov 2022

Curso inovador de Proteção de Motores de Baixa Tensão – especificação, aplicação

Redação

Os motores de indução trifásicos para aplicação geral devem, qualquer que seja seu regime e construção, ser capazes de suportar durante 15s, sem parada ou mudança brusca de rotação (sob aumento gradual do conjugado), um excesso de conjugado de no mínimo 60% do seu conjugado nominal, sob tensão e frequência nominais. Os motores para regime tipo S9 devem ser capazes de suportar momentaneamente um excesso de conjugado determinado conforme o regime especificado. Para uma determinação aproximada das variações de temperatura devido à evolução das perdas em função da corrente, a constante de tempo térmica equivalente, determinada conforme a NBR 17094-3, pode ser utilizada.

 

O curso, ministrado pelo professor Dr. José Ernani da Silva, é apresentado de forma inovadora e inclui 20 módulos com comentários escritos, dezenas de minutos de vídeos online e a norma NBR 17094-1, que apresentam as definições, as explicações, as aplicações e os exemplos de como se proteger corretamente motores de indução trifásicos de baixa tenção. Os módulos são:

Módulo 1 - Motor assíncrono

Módulo 2 - Riscos Elétricos

Módulo 3 - Riscos Mecânicos

Módulo 4 - Riscos Ambientais

Módulo 5 - Sistema de Proteção

Módulo 6 - Suportabilidade do Motor – 1

Módulo 7 - Suportabilidade do Motor – 2

Módulo 8 - Sub e sobre tensão função 27 e 59 – 1

Módulo 9 - Sub e sobre tensão função 27 e 59 – 2

Módulo 10 - Desequilíbrio, falta e inversão de tensão - função 47

Módulo 11 - Sobrecarga - Função 49 – 1

Módulo 12 - Sobrecarga - Função 49 – 2

Módulo 13 - Sobrecarga - Função 49 – 3

Módulo 14 - Sobrecarga - Função 49 – 4

Módulo 15 - Sobrecarga - Função 49 – 5

Módulo 16 - Sobrecarga - Função 49 – 6

Módulo 17 - Sobrecarga - Função 49 – 7

Módulo 18 - Sobrecorrente Função 50/51 e 50N/5GS

Módulo 19 - Sobrecorrente Função 50/51

Módulo 20 - Sobrecorrente Função 50N e 50GS.

O certificado de participação e conformidade será emitido para quem assistir ao treinamento completo e obter pelo menos 70% de sucesso na avaliação final, que será efetuada online, para aqueles que solicitarem o referido certificado no e-mail cursos@target.com.br .

O motor assíncrono de indução ou gaiola de esquilo, de anéis ou rotor bobinado oferecem riscos ou anormalidades: elétricas, mecânicas e ambientais. Os riscos elétricos incluem as faltas monofásicas, bifásicas e trifásicas, a sobrecarga continua ou intermitente, a sobrecorrente causada por rotor bloqueado, o desbalanço de tensão e de corrente, a sobretensão e subtensão de alimentação do motor, a inversão de fase de tensão de alimentação do motor, a falta de fase de tensão de alimentação do motor, e o religamento ou energização enquanto o motor está girando.

Os riscos mecânicos envolvem a carga mecânica acima da nominal, o travamento ou bloqueio do rotor, a partida longa ou incompleta, o aumento do atrito nos rolamentos dos mancais por falta de lubrificação, o desalinhamento do eixo motor-carga e a perda súbita de carga. Os riscos ambientais incorporam a temperatura ambiente acima de 40°C, a perda do sistema de ventilação e refrigeração, a altitude elevada ou acima de 1.000m, a umidade, a poluição e a radiação solar.

Por isso, o sistema de proteção utilizado para motores assíncronos de baixa tensão são feitos para evitar a operação indevida do motor quanto a: subtensão – função 27; inversão de fase e falta de fase – função 47; sobrecarga – função 49; curto-circuito – função 50/50n; e sobretensão – função 59. O sistema de proteção faz uso de: fusível e relé térmico; disjuntores do tipo termomagnéticos, fusíveis e termistor; e relé de subtensão, sobretensão e falta de fase. Dessa forma, a suportabilidade do motor é um conjunto de parâmetros quantificados nos seus valores máximos definidos no projeto do motor pelo fabricante, como a corrente permanente, a corrente de sobrecarga, a corrente de partida, a corrente de rotor bloqueado, o tempo de partida, o tempo de rotor bloqueado, a tensão de operação a 60 Hz, a tensão máxima suportável transitória de surto e de manobra, a elevação máxima permissível de temperatura do estator e rotor, a constante térmica de aquecimento e resfriamento, o grau máximo permissível de desequilíbrio de tensão e de corrente, o número máximo permissível de partidas por hora.

Como exemplo, a sobrecarga - Função 49, a carga mecânica excessiva, o travamento de rotor, a baixa tensão de alimentação, a tensão elevada com saturação do ferro, a tensão trifásica desequilibrada, a perda de fase da tensão, a temperatura ambiente elevada, a altitude elevada, a ventilação inadequada ou obstruída, a elevação de corrente > fonte de calor > elevação de temperatura, e o relé térmico: relé tipo réplica ou imagem térmica e o relé de temperatura.

Pode-se ressaltar que os motores destinados a aplicações específicas que exigem um conjugado elevado, por exemplo, motores para equipamentos de elevação, devem ser objeto de acordo entre fabricante e comprador. Para os motores de indução de gaiola projetados para assegurar uma corrente de partida inferior a 4,5 vezes a corrente nominal, o excesso de conjugado pode ser inferior a 60% do seu conjugado nominal, mas não inferior a 50% deste valor.

No caso de motores de indução com características de partida especiais, por exemplo, motores utilizados com frequência variável ou motores de indução alimentados por meio de conversores estáticos, o valor do excesso de conjugado deve ser objeto de acordo entre fabricante e comprador. Todos os motores de indução de gaiola, de carcaça inferior ou igual a 315 e tensão inferior ou igual a 1 kV, devem ser capazes de funcionar segura e continuamente até a rotação apropriada, salvo informação contrária declarada na placa de identificação.

Quando funcionando a rotações acima da rotação nominal, por exemplo, quando usado com controle de rotação ajustável (inversor), os níveis de ruído aumentam. O usuário pode requerer um balanceamento fino no rotor do motor para funcionamento aceitável à rotação acima da nominal. A vida útil do rolamento pode ser reduzida. Recomenda-se que seja dada atenção à vida útil de serviço da graxa e aos intervalos de relubrificação.

 

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Hayrton Rodrigues do Prado Filho é jornalista profissional, editor da revista digital AdNormas https://revistaadnormas.com.br, membro da Academia Brasileira da Qualidade (ABQ) e editor do blog — https://qualidadeonline.wordpress.com/hayrton@hayrtonprado.jor.br

Artigo atualizado em 11/11/2022 04:42.

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