O empreendedorismo como projeto de vida
Redação
No Brasil, boa parte das novas empresas é criada com pouco ou nenhum planejamento, tendo como responsável alguém que não se preparou para a tarefa, movido apenas pela urgência em buscar seu sustento. Além disso, nasceram em um momento conturbado, cheio de restrições e novas exigências. Muitas não darão o resultado esperado ou nem conseguirão se manter vivas. O trabalhador com carteira assinada tampouco foi poupado pela conjuntura atual. Mesmo limitado à parte de uma operação, ele passou a conviver com as novas demandas impostas pela pandemia. A sociedade, o mercado e o mundo corporativo vivem em estado permanente de mutação, seja por causa do imponderável como a pandemia, crises econômicas, comportamento do consumidor ou inovações tecnológicas.
Ivan Hussni –
A possibilidade de realização pessoal para uns, fonte de renda e tábua de salvação para outros. Qualquer que seja a motivação para se montar o próprio negócio, o fato é que 99% das empresas existentes no Brasil são micro e pequenas e respondem por 29,5% do PIB.
Elas representam um dos pilares da economia e serão tão fortes e prósperas quanto a cultura empreendedora do país for desenvolvida. Atualmente, o Brasil amarga uma taxa de desocupação de 14,2%, o que significa 14,3 milhões de desempregados. Sem perspectiva de recolocação e enfrentando uma severa crise, uma parcela desse contingente viu no empreendedorismo a saída para voltar a ter renda.
Como consequência, houve um sensível aumento de abertura de empresas. Segundo a Receita Federal, o número de pequenos negócios optantes do Simples Nacional passou de 14,7 milhões no período anterior à pandemia (fevereir...