A caracterização médica da febre tifoide
Redação
A febre tifoide é uma infecção bacteriana grave pela Salmonella Typhi, transmitida por água/alimentos contaminados com fezes/urina de infectados, comum onde falta saneamento. Pode causar febre alta, dor de cabeça, mal-estar, dor abdominal, tosse e, às vezes, manchas rosadas ou diarreia/constipação. O diagnóstico é por exames de sangue/fezes e o tratamento envolve antibióticos, sendo crucial higiene e saneamento para prevenção.

A febre tifoide é uma infecção sistêmica causada pela bactéria Salmonella typhi, caracterizada por febre persistente, dor abdominal, e outros sintomas gastrointestinais. A febre é um dos principais sinais clínicos, apresentando-se como uma febre contínua, onde a temperatura corporal permanece elevada ao longo do dia, com variações mínimas entre os valores máximo e mínimo, geralmente inferior a 1°C.
Essa característica é típica de infecções com bacteremia contínua, como a febre tifoide. A febre tifoide é marcada por uma febre contínua, que pode ser um indicativo de uma infecção grave e não controlada.
Além da febre, os pacientes podem apresentar dor abdominal, diarreia ou constipação, cefaleia, e mal-estar geral. Se não tratada, a febre tifoide pode levar a complicações graves, como perfuração intestinal e septicemia.
O diagnóstico é geralmente confirmado por hemoculturas, que podem detectar a presença da Salmonella typhi no sangue. Outros exames laboratoriais podem ser realizados para avaliar a função hepática e renal, além de hemogramas.
O tratamento da febre tifoide envolve o uso de antibióticos, sendo o norfloxacino e a doxiciclina algumas das opções terapêuticas. A escolha do antibiótico pode depender da resistência bacteriana local.
A vacinação é uma medida preventiva importante, especialmente em áreas endêmicas. A vacina polissacarídica VI é recomendada para pessoas que viajam para regiões onde a febre tifoide é comum.
A transmissão da febre tifoide pode ocorrer de duas maneiras principais: pela forma direta: contato com as mãos do doente ou portador; pela forma indireta: ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes ou urina. A contaminação de alimentos geralmente acontece pela manipulação por portadores ou pacientes oligossintomáticos (com manifestações clínicas discretas), que não são afastados das atividades de preparo dos alimentos.
Legumes irrigados com água contaminada, frutos do mar (crustáceos e moluscos) retirados de água poluída e consumidos mal cozidos ou crus, leite e derivados não pasteurizados, produtos congelados e enlatados também podem veicular salmonelas. O indivíduo infectado elimina a bactéria nas fezes e na urina, independentemente de apresentar os sintomas da doença.
O tempo de eliminação da bactéria varia de uma a três semanas, podendo chegar a três meses. Entre 2 a 5% dos pacientes transformam-se em portadores crônicos da febre tifoide e podem transmitir a doença por até um ano.