As condições normativas para a manutenção dos rodeiros metroferroviários
Redação
O rodeiro metroferroviário é composto de duas rodas acopladas por um eixo e um par de rolamentos acoplados às extremidades do eixo. O rodeiro tem a função de suportar a carga vertical, devido ao peso próprio do veículo e da carga transportada. Outra propriedade importante do conjunto é permitir o direcionamento do veículo, quando trafegar por uma via com alinhamento irregular. Tal direcionamento é obtido pela variação do raio de rolamento das rodas, que possui um perfil transversal de rolamento cônico. Ou seja, o rodeiro é um conjunto formado por um eixo e duas rodas devidamente ajustadas a ele e seus componentes. O perfil da roda e do trilho desempenham papel fundamental nas características de direcionamento do rodeiro, inscrição em curvas do truque, estabilidade do veículo, desgaste da superfície e falhas por fadiga. A roda possui perfil cônico que propicia o autodirecionamento do rodeiro. Possui também um friso que limita os deslocamentos laterais máximos, tocando na face lateral do boleto do trilho. O boleto do trilho possui sua parte superior curva, buscando compromisso entre contato único (rolamento) e grande área de contato (superfícies conformes). O par de rolamento (roda/trilho) desgasta-se mutuamente devido à utilização, produzindo nova conformação de perfis, segundo a dinâmica do sistema a ele conectado. Existem parâmetros normativos que estabelecem a classificação, os parâmetros e as condições para montagem e manutenção de rodeiros com eixo maciço para veículo metroferroviário.
Da Redação –
A eficiência energética no transporte ferroviário só é possível devido às baixas perdas de energia no contato de rolamento entre as superfícies duras da roda e do trilho, que se tocam apenas em uma pequena área de contato. Tipicamente, essa região apresenta uma forma próxima à de uma elipse e uma área equivalente à de um círculo de 13 mm de diâmetro.
Em decorrência disso, elevadas tensões são observadas no contato (que podem facilmente chegar a 3000 MPa) e vários fenômenos indesejados ocorrem. A depender de uma gama de fatores, como a geometria no contato, o traçado da ferrovia, o peso sobre os rodeiros e a ocorrência de deslizamentos, as tensões no contato apresentam diferentes magnitudes e variações. As diferentes distribuições de tensão no contato, associadas a fatores tribológicos e metalúrgicos, resultarão em diferentes mecanismos de degradação, que alteram a geometria, as propriedades mecânicas e causam a remoção de material do par roda-trilho.
Os defeitos em rodas ferroviárias podem comprometer a dinâmica do veículo, aumentar ainda mais as forças no contato, as vibrações e a resistência ao rola...