Os impactos no trabalho nas mulheres e nos homens após se tornarem pais
Redação
A chegada de um filho transforma a vida pessoal e profissional, mas, infelizmente, as mães enfrentam desafios desiguais no mercado de trabalho, como a desvalorização salarial e a dificuldade de equilibrar carreira e cuidados familiares. A equidade só será alcançada com políticas que beneficiem todos os cuidadores, como ampliação da licença-paternidade e flexibilização das jornadas.
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Bia Nóbrega –
O nascimento de um filho representa um divisor de águas na vida pessoal e profissional dos pais, mas homens e mulheres experimentam essa transição de forma desigual no ambiente de trabalho. As legislações de licença-maternidade e paternidade, apesar de terem evoluído ao longo dos anos, ainda reforçam disparidades que impactam diretamente a carreira das mulheres. Enquanto a licença-maternidade no Brasil pode durar até seis meses, a licença-paternidade é bem menor, com apenas cinco dias úteis garantidos por lei, o que amplia o desafio da equidade de gênero no retorno ao trabalho.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda mostram que, em 2021, a taxa de participação feminina na força de trabalho foi de 51,6%, bem abaixo dos 71,6% dos homens. Essa diferença se agrava após a maternidade, com um aumento de até 50% no gap de participação entre mulheres e homens que têm filhos em comparação àqueles sem filhos.
Ao longo dos últimos 30 anos, o mercado de trabalho passou por avanços importantes, mas as mulheres ainda enfrentam barreiras de todo o tipo após o nascimento dos filh...