O desafio de proteger os dados no setor de saúde em transformação
Redação
A transformação digital no setor de saúde trouxe avanços significativos, mas também elevou os riscos cibernéticos a níveis alarmantes. Com o aumento expressivo de ataques, a segurança da informação deve ser tratada como pilar essencial da assistência. A falta de preparo, infraestrutura defasada e cultura organizacional despreparada tornam o setor vulnerável.

Andréa Rangel –
Vivemos um momento de inflexão no setor de saúde. A transformação digital, antes vista como uma tendência, hoje é uma realidade consolidada em muitas instituições.
Prontuários eletrônicos, inteligência artificial, interoperabilidade, dispositivos médicos conectados e sistemas em nuvem se tornaram parte do cotidiano de clínicas e hospitais. Mas com essa modernização acelerada, uma sombra tem crescido na mesma velocidade: o risco cibernético.
Não é mais possível ignorar que a saúde se tornou um dos setores mais visados por cibercriminosos. Segundo dados da Check Point Research, empresa de inteligência de ameaças cibernéticas, em 2025, o número de tentativas de ataques a instituições de saúde ultrapassou a média global.
O Brasil registrou 2.664 ataques semanais por organização, com um crescimento de 73% em relação ao ano anterior. O dado mais alarmante é o salto de tentativas de ransomware, que foi de 6.500 em 2023 para 16.000 em 2024.
Em dois anos, a saúde foi da 7ª para a 3ª posição entre os setores mais atacados do país. Essa escalada não é um acaso. A saúde é um setor essencial e vulne...