A gestão da instalação de laboratórios para análises e controle de águas
Redação
O Ministério da Saúde estabelece que a água produzida e distribuída para o consumo humano deve ser controlada. A legislação define também a quantidade mínima, a frequência em que as amostras de água devem ser coletadas e os limites permitidos. Dessa forma, as concessionárias de água potável, as agências de gestão de recursos hídricos e reguladores ambientais em todo o mundo devem estabelecer laboratórios para testar a qualidade da água. Os testes adequados garantem que a água seja segura para o uso pretendido, seja beber, tomar banho, criar peixes, regar as plantações ou manter a saúde ecológica. Ainda assim, pode-se encontrar rotineiramente laboratórios analíticos que funcionam mal. A falha em seguir procedimentos padronizados, manter a certificação e realizar verificações de rotina para garantia e controle de qualidade compromete a confiabilidade dos seus resultados. Como resultado, os dados são de uso limitado para a gestão da segurança da água. As instalações laboratoriais inadequadas são frequentemente citadas como um desafio ou limitação relacionada ao desenvolvimento, embora seja difícil obter estatísticas. Na verdade, os laboratórios foram citados como um fator agravante no envenenamento em massa por arsênio em Bangladesh: a falta de capacidade laboratorial foi um dos vários motivos pelos quais ninguém testou a presença de arsênico nas águas subterrâneas antes de milhões de poços tubulares serem instalados para fornecer água potável. Em 2000, uma revisão do monitoramento da qualidade da água na Rússia concluiu que a qualidade dos dados era um grande problema, com laboratórios considerados os piores do que muitos encontrados em países em desenvolvimento. Assim, é fundamental a sociedade entender as condições exigíveis para planejamento e instalação de laboratórios para análises e controle de águas, a fim de que sejam economicamente viáveis, funcionais, eficientes e seguros em seu desempenho sob os pontos de vista biológico, microbiológico e físico-químico.
Da Redação –
Os parâmetros físicos da qualidade da água são a cor, a turbidez, a temperatura e o sabor/odor. Os parâmetros químicos são a salinidade, a dureza, a alcalinidade, a corrosividade, a presença de íons de ferro e manganês, presença de impurezas orgânicas e inorgânicas, presença de nitrogênio ou fósforo e presença de agrotóxicos. Os parâmetros biológicos tratam da presença de micro-organismos patogênicos, coliformes fecais, algas e bactérias decompositoras.
A análise da qualidade da água em um ambiente de laboratório requer equipamento especializado, uma fonte confiável de eletricidade e uma cadeia de abastecimento funcional para reabastecer reagentes químicos e outros consumíveis. A manutenção ou reparo de equipamentos de laboratório pode ser difícil ou impossível se as peças e os conhecimentos especializados forem escassos.
O pessoal pode ter tempo, espaço ou treinamento insuficiente para manusear e analisar as amostras corretamente. Pode ser difícil substituir ou manter a equipe técnica. Um laboratório terá um número máximo de amostras que pode analisar em qualquer semana. Se esse laboratório for o úni...