Publicado em 30 abr 2024

O toque humano que muda a história das marcas

Redação

A capacidade das marcas tocarem verdadeiramente as pessoas existe. Mas está em descompasso com a construção de futuros que conversem com realidades e necessidades de diferentes pessoas. Há algo além dos números que indicam onde e como ocorre o consumo, estimulados pelo marketing de performance e suas métricas que ampliam o papel dos usuários e diminuem a importância humana.

Ivan Scarpelli – 

A poeta e tradutora Anne Carson tem o costume de dizer que a tarefa humana mais difícil é a do toque. O toque tem como princípio proximidade e afeto. Muitas vezes, é verdade, promove resistência, mas isso também é um indicativo importante. Tocar e ser tocado é um exercício de expectativas, limites e permissões entre individualidades e suas vontades.

Penso que o mesmo ocorre entre marcas, suas ofertas e seus consumidores. Há uma relação delicada entre estes mundos e um desequilíbrio latente nessa relação hoje: o toque das marcas parece agora longe de representar e auxiliar no crescimento pessoal de seus consumidores.

Nossa pesquisa realizada com 470 brasileiros entre 18 e 54 anos revela que as pessoas esperam o apoio das marcas no desenvolvimento de suas relações familiares e no crescimento das mulheres na sociedade. Também aponta que as tecnologias ocupam um papel fundamental para seus futuros.

A contrapartida é a incapacidade dos entrevistados em dar nome para as marcas que poderiam lhes representar, seguida da descrença sobre os efeitos dos avanços tecnológicos em suas vidas nos próximos a...

Artigo atualizado em 26/04/2024 04:06.

Target

Facilitando o acesso à informação tecnológica