O uso de telhas de fibrocimento sem amianto
Redação
A cobertura de uma edificação tem a função de garantir proteção contra a chuva, ventos e insolação. Na elaboração de um projeto arquitetônico, a definição do tipo de cobertura que será utilizada e sua forma deve ser umas das primeiras preocupações. Seu custo normalmente varia entre 8% a 12% do custo total da obra. Atualmente, no mercado, existem várias opções de produtos e a sua escolha vai depender do tipo de edificação e das vantagens e desvantagens de cada sistema de cobertura. No que dizem respeito às coberturas com telhas de fibrocimento, elas estão entre as mais utilizadas principalmente na cobertura de edificações comerciais, industriais, rurais e moradias populares, isto se deve, principalmente, ao baixo custo. São fabricadas em diversos modelos, tamanhos e espessuras. Ressalte-se também que apresentam como diferencial a possibilidade de vencer grandes vãos sem o uso de apoios intermediários, sendo leves e resistentes. As telhas podem ser apoiadas em estruturas de madeira, metálicas ou de concreto, sendo fixadas por acessórios próprios para este fim fornecidos pelos fabricantes. Esta fixação é feita por parafusos, grampos zincados, arruelas elásticas de vedação, massa de vedação e cordões de vedação. As coberturas e os fechamentos laterais devem ser executados segundo os projetos que atendam aos requisitos normativos, tendo em vista o emprego racional do material, de modo a obter a proteção contra intempéries e segurança; a estanqueidade correta; e os bons resultados estéticos.
A história do fibrocimento começou com o uso do amianto ainda na idade antiga quando gregos, romanos e outros povos reforçavam os objetos de cerâmica e argila com este mineral a fim de torná-los mais resistentes e duráveis. Etimologicamente, a palavra amianto deriva da palavra grega asbesto que significa indestrutível. No século XVII, o uso do amianto começou a ser difundido em escala comercial. Em 1895 foi descoberto o fibrocimento – uma mistura de cimento, amianto e água – pelo austríaco Ludwig Hatschek. A produção em escala industrial de telhas de fibrocimento firmou-se no mercado em substituição das telhas feitas de ardósia.
A empresa Eternit criada pelo austríaco Ludwig Hatschek descobridor do fibrocimento tem seu nome derivado da palavra latina aeternitas que quer dizer eterno. Em 1901 este inventor obteve a patente de sua invenção criando a empresa para fabricá-la. Posteriormente, nas décadas seguintes do século X diversos empreendedores obtiveram a licença para iniciar a produção do fibrocimento.
As telhas de fibrocimento apresentam as seguintes características: diversos tamanhos e espessuras; são duráveis; podem ser pintadas para melhorar a estética ou desempenho térmico da cobertura; apresentam um conjunto de peças complementares para fixação e acabamento; alguns modelos podem ser utilizados para fechamento lateral; são resistentes a atmosferas agressivas, não sofrendo os efeitos de corrosão; apresentam bom desempenho acústico; e apresentam elevada resistência mecânica.
O amianto é uma fibra natural presente em dois terços da água e no solo de todo o planeta. Esta fibra não queima ou sofre corrosão, sendo isolante, flexível, durável e resistente. Estas características fazem com que seja extremamente útil em diversos usos.
No fibrocimento, cerca de 90% da mistura é cimento e menos de 10% é amianto, que tem a função de sustentação. Nesta mistura as fibras ficam perfeitamente incrustadas na massa que dificilmente se desprendem. Anualmente, cerca de 2 milhões de toneladas de amianto são consumidas no mundo, usada principalmente na composição do fibrocimento, utilizado na construção civil.
Existem dois grupos de amianto: amianto crisotila e o amianto anfibólio. O segundo possui fibras duras, retas e pontiagudas apresentando altas concentrações de ferro em sua composição. Já o amianto crisotila possui fibras curvas e sedosas com altas concentrações de magnésio. Quando inspiradas, as fibras do amianto anfibólio ficam por mais de um ano nos pulmões enquanto que as fibras do amianto de crisotila ficam cerca de dois dias.
No Brasil, a lei 9055/95, instituída pelo Decreto 2350/97 e pela Portaria 3214/78 – NR 15 – Anexo 12, regulamenta o uso, a fabricação, o comércio e o transporte do amianto. A regulamentação prevê um uso responsável do amianto de crisotila e proíbe o uso dos outros tipos.
A substituição do amianto na produção de fibrocimento como fibra de reforço pode ser feita por dois tipos: utilização de resinas plásticas derivadas do petróleo, álcool polivinílico (PVA) ou polipropileno (PP), com o uso concomitante de uma fibra de processo, a celulose; utilização de fibras vegetais, como a celulose autoclavada – não há registro de utilização dessa última tecnologia na produção de telhas no mundo. Com relação às fibras vegetais, diversas instituições acadêmicas do país têm realizado estudos sobre alternativas, como o sisal ou materiais reciclados, mas ainda são processos que precisam ser aprimorados e que, por ora, não representam uma solução tecnológica viável para a substituição dos produtos de fibrocimento com amianto no país. É importante registrar que nenhuma das tecnologias alternativas possui a durabilidade dos produtos de amianto.
Enfim, quando o assunto é cobertura, o que não faltam são dúvidas, um bom projeto deve ser construído com telhas de qualidade e possuir resistência suficiente para prevenir complicações, proporcionar conforto e prolongar o período de manutenção. A garantia de uma boa cobertura começa na escolha de qual telha será utilizada na obra.
A cobertura é a parte mais visível do telhado e também a que mais sofre com as mudanças climáticas. Assim, de uma maneira geral, elas não possuem muita resistência térmica, entretanto, o fibrocimento é um excelente isolante térmico, proporcionando um conforto agradável no período de inverno, por exemplo.
As telhas de fibrocimento caracterizam-se por sua leveza e facilidade de colocação. São utilizadas em obras residenciais, comerciais e industriais, e apresentam-se em diferentes modelos que facilitam a adequação ao seu projeto. Além de serem rápidas de instalar, as telhas de fibrocimento proporcionam maior economia em relação às peças cerâmicas, pois seu comprimento gera redução, tanto no madeiramento quanto na quantidade de peças a serem utilizadas. Com todas as vantagens da telha de fibrocimento, o ideal é adequar a cobertura de uma maneira que tenha a ver com o desejado.
A NBR 7196 de 07/2020 - Telhas de fibrocimento sem amianto - Execução de coberturas e fechamentos laterais - Procedimento estabelece os requisitos para execução de coberturas e fechamentos laterais com telhas onduladas e estruturais de fibrocimento sem amianto, especificadas na NBR 15210 (todas as partes). As coberturas e os fechamentos laterais devem ser executados segundo projetos que atendam aos requisitos desta norma, tendo em vista o emprego racional do material, de modo a obter: a proteção contra intempéries e segurança; a estanqueidade correta; e os bons resultados estéticos. Os projetos devem indicar: referência, quantidade, dimensão, posição e tipo das telhas, peças complementares, vedações e elementos de fixação; especificação da estrutura do telhado e posição dos apoios das telhas; inclinação da (s) cobertura (s) e fechamento (s) lateral (is); recobrimentos transversais e longitudinais; detalhes, como arremates, cortes, furações, sentido e sequência de montagem e outros.
As recomendações específicas de cada fabricante devem constar nos seus catálogos e informações técnicas, os quais devem estar datados (mês/ano). Devem ser adotadas soluções construtivas que propiciem, à cobertura ou ao fechamento lateral, resistência à ação do vento de até 60 km/h, conforme critérios de cálculo da NBR 6123. Os esforços devidos à ação do vento devem ser obtidos a partir do cálculo dos esforços atuantes, segundo a NBR 6123, considerando-se, para as coberturas, o peso próprio da telha especificado pelos fabricantes, acrescido do peso resultante dos recobrimentos transversais e longitudinais.
Caso as solicitações previstas para a cobertura ou fechamento lateral sejam superiores ao valor especificado, devem ser tomadas precauções especiais quanto aos vãos e balanços a serem usados, assim como quanto ao número e tipo de fixadores, conforme recomendações do fabricante. Os painéis solares, aparelhos de ar-condicionado, antenas, placas de aquecimento e outros equipamentos devem ser fixados na estrutura da cobertura e não diretamente nas telhas. As precauções especiais referidas podem ser verificadas pela NBR 5643 ou outro método escolhido em comum acordo entre fabricante e comprador, devendo a carga aplicada no ensaio ser mantida durante 3 min e ser superior ao valor obtido em 4.1.5. As telhas devem resistir às solicitações de flexão devidas somente aos esforços provenientes do peso próprio, ação do vento e chuva.
As telhas não podem ficar sujeitas às solicitações secundárias provenientes de deformações ou movimentações da estrutura, trepidações, impactos e cargas permanentes. As juntas de dilatação da cobertura devem corresponder às juntas existentes na estrutura, para permitir movimentação independente da cobertura e da estrutura. As peças complementares que atuam como arremates da cobertura não podem constituir vínculos rígidos com outras partes da edificação. Para os fechamentos laterais, devem ser seguidas as exigências e recomendações estabelecidas para coberturas, atendendo-se às observações indicadas nas seções específicas a cada tipo de telha.
Para execução de coberturas e fechamentos laterais, devem ser seguidos os requisitos da legislação vigente para trabalho em altura. As telhas devem ser apoiadas sobre elementos coplanares. A direção da geratriz das ondas de uma telha deve coincidir com a direção da maior declividade da superfície da cobertura onde foi aplicada. Para a montagem das coberturas e fechamentos laterais, as telhas devem ser instaladas na posição normal, com a face lisa, que contém a marcação, voltada para o lado externo.
As telhas devem ser fixadas em apoios por meio dos elementos de fixação e seus respectivos conjuntos de vedação. Os elementos de fixação devem ser fabricados em aço-carbono SAE 1010/1020, devidamente protegidos contra a corrosão por galvanização a fogo, com a espessura mínima de 70 µm, ou outro processo com desempenho equivalente. Os elementos de fixação devem ter as características geométricas e dimensionais estabelecidas a seguir e conforme especificação do fabricante: parafuso com rosca soberba, conforme a figura e a tabela abaixo; ganchos com rosca, conforme a figura abaixo; pinos com rosca; ganchos chatos de seção retangular; pregos.
Para outros tipos de coberturas, consultar as recomendações do fabricante. A distância mínima do centro dos furos até a extremidade livre da telha deve ser de 100 mm para as telhas estruturais e de 50 mm para os demais tipos de telha. Admite-se que essa distância seja de 25 mm para as telhas de perfil P3. Na instalação ou manutenção da cobertura, os montadores não podem pisar diretamente na telha, exceto nas coberturas executadas com telhas estruturais, conforme recomendações do fabricante. A montagem das telhas deve ser feita por faixas, no sentido do beiral para a cumeeira. A sequência de faixas deve ser no sentido contrário ao dos ventos predominantes na região.
Para permitir uma montagem perfeita da cumeeira, manter alinhadas as ondas das telhas nas duas-águas da cobertura. As furações e cortes das telhas devem ser executados segundo as recomendações do fabricante e utilizando-se os equipamentos de proteção individual (EPI) adequados e outros dispositivos de segurança previstos na legislação em vigor. A furação das telhas não pode ser feita com uso de martelo ou outras ferramentas de impacto, prego ou parafuso, com exceção do prego para as telhas tipo ondas pequenas.
Os elementos de fixação devem permitir a livre dilatação das telhas. Para tanto, deve-se prover folgas entre as telhas e os ganchos chatos, assim como a furação nas telhas com diâmetro 2 mm maior do que o diâmetro do parafuso ou do gancho com rosca. Não podem ser utilizados parafusos tipo autobrocante. A fixação dos ganchos chatos nas terças de madeira deve ser feita com dois pregos ou parafusos. Não são permitidos recortes parciais nas telhas com a finalidade de adaptá-las aos ganchos chatos.
Nos cruzamentos de recobrimento longitudinal com recobrimento transversal, os cantos de duas das quatro telhas que compõem o cruzamento devem ser cortados, para evitar a sobreposição de quatro espessuras, devendo este procedimento ser estendido também às peças complementares. Não há necessidade de corte de cantos para as telhas tipo pequenas ondas. Na execução dos cortes, não podem ser utilizadas ferramentas que provoquem torções, trincas ou desfolhamentos.
As telhas devem ser içadas até o telhado com uso de dispositivos que não provoquem esforços de compressão nas bordas laterais. As telhas devem ser manuseadas por duas pessoas segurando na crista da segunda e da penúltima onda, e nunca pelas bordas laterais, para que não provoquem flexões e trincas longitudinais. As telhas devem ser estocadas em local plano, firme e isento de objetos que possam danificá-las, e o mais próximo possível do local de seu içamento para o telhado. Quando as telhas forem empilhadas horizontalmente, devem ser assentadas usando calços adequados, posicionados de acordo com as recomendações do fabricante.
Quando as telhas forem empilhadas verticalmente, devem ser observadas as seguintes recomendações: a inclinação deve ser de 5° a 15° em relação à vertical; o apoio horizontal das telhas deve ser em dois sarrafos; o apoio da extremidade superior da primeira telha, em toda a sua largura, em um encosto de madeira, deve ter seção mínima de 50 mm × 10 mm; as telhas estruturais não podem ser empilhadas verticalmente. As telhas estruturais com largura útil igual ou superior a 700 mm não podem ser solicitadas com esforço acidental superior a 2 kN. As telhas com largura útil inferior a 700 mm não podem ser solicitadas com esforço acidental superior a 1,5 kN.
As telhas estruturais não podem ser solicitadas com esforço acidental maior do que 1 kN na extremidade do balanço livre, não ultrapassando 30 % do valor máximo da resistência à flexão correspondente à telha estrutural estabelecida na NBR 15210 (todas as partes). A flecha máxima admissível, após a montagem da telha, no meio do vão, é de L/100, onde L é o valor do vão máximo, expresso em metros (m). Deve ser usada a inclinação mínima indicada pelo fabricante, cujo valor foi especificado levando em conta que a telha estrutural, mesmo estando com a flecha máxima admissível (ver 6.4.12), ainda deve permitir escoamento das águas pluviais.
Para a execução de cobertura com telhas estruturais, após aplicadas, devem definir superfícies planas ou poliédricas. O recobrimento transversal deve ter no mínimo 15 mm, desde que não esteja na zona de acumulação de água. Esse valor pode ser reduzido, se for utilizado sistema de vedação adequado ao longo dos recobrimentos transversais. O recobrimento longitudinal deve ter no mínimo 200 mm e o espaço vazio entre as peças sobrepostas não pode ser maior do que a sua espessura.
Não pode ser feito o uso de recobrimento longitudinal em inclinações menores que 5° (9%). As telhas não podem se apoiar em arestas. Os apoios devem ser paralelos à maior dimensão da telha, ter largura maior ou igual a 50 mm e ser isentos de defeitos como rugosidades e saliências. Havendo sobreposição longitudinal, deve ser executado corte de canto nas telhas estruturais, usando ferramenta que possibilite o corte uniforme.
O uso de apoios intermediários pode ser admitido, desde que satisfaça o estabelecido em casos especiais. O avanço mínimo sobre calhas ou apoios deve ser de 100 mm, quando houver peças complementares para vedação, e de 200 mm, quando não houver. Deve ser evitado o seguinte as solicitações secundárias provenientes da deformação da estrutura portante; a movimentação da estrutura portante; a trepidação; os impactos e cargas além do peso próprio da telha estrutural.
O emprego das peças complementares, conforme seu tipo, deve atender às seguintes condições e desempenhos: cumeeiras: deve ser usada a cumeeira indicada pelo fabricante; a distância entre as extremidades das telhas estruturais onde se apoia a cumeeira deve ser no mínimo 200 mm e no máximo 600 mm (vão livre máximo da cumeeira); permite-se exceder o limite máximo de 600 mm, desde que o fabricante comprove a resistência estrutural da cumeeira, tendo em vista as exigências contidas nessa norma; quando a cumeeira se apoia sobre o balanço de uma telha estrutural, este balanço deve ser no máximo 75% do balanço livre máximo admissível; placa de vedação: deve ser usada toda vez que o avanço sobre calhas ou apoios for inferior a 200 mm; pingadeira: seu uso não é obrigatório, porém desejável, quando se quiser provocar o imediato gotejamento das águas e evitar seu retorno pela face não exposta às intempéries; tampão: para fechar uma das extremidades da telha estrutural, de forma estanque às chuvas; rufo: deve ser utilizado para arrematar as telhas estruturais com as superfícies verticais perpendiculares ao comprimento da telha.
O rufo pode estar acoplado ao tampão e não pode formar vínculo rígido com as superfícies verticais. As peças de contraventamento: para aumentar a rigidez transversal das telhas estruturais que possuem uma aba livre, devem ser seguidas as recomendações do fabricante sobre o tipo e o número de contraventamentos necessários. A introdução de peças complementares na telha estrutural não pode prejudicar o seu desempenho técnico. Devem ser previstos detalhes especiais de fixação para conferir-lhes o mesmo comportamento da telha estrutural.
As passagens de tubulação devem atender aos seguintes requisitos: todas as passagens de tubulação devem ser feitas usando as peças complementares especificadas pelo fabricante; o furo na telha deve ser afastado pelo menos 500 mm do apoio e nunca pode estar localizado no balanço livre; a furação deve ser executada por brocas. O sentido de colocação das telhas deve ser contrário ao dos ventos predominantes na região. A fixação das telhas estruturais deve atender às seguintes condições: ser feita por meio de parafusos ou ganchos com rosca, conjugados com um sistema de vedação, podendo, as telhas, a critério do fabricante, ser fixadas por meio de ganchos chatos; a furação das telhas não pode ser feita por prego, com uso de martelo ou outras ferramentas de impacto.
A furação nas telhas deve ser feita com brocas, não pode ser feita diretamente nas alvenarias, mesmo que sejam feitos bolsões de concreto para a sua ancoragem. Deve ser feita em vigas de concreto, por intermédio de alças metálicas convenientemente ancoradas e dimensionadas; vigas de concreto, por intermédio de tacos de madeira convenientemente chumbados na viga de concreto ou por qualquer outro dispositivo igualmente resistente; vigas metálicas, por intermédio de ganchos com rosca ou pinos com rosca, dobráveis na obra; vigas de madeira, por intermédio de ganchos com rosca ou parafusos. Todos os elementos de fixação devem ser convenientemente protegidos contra a ação de intempéries e montados com um sistema de vedação. Quando a telha estrutural for usada com inclinação maior do que 9%, deve ser previsto o uso de trava.
Para a execução dos fechamentos laterais com telhas estruturais, os recobrimentos mínimos são: transversal: igual ao das coberturas; longitudinal: 200 mm. Em fechamentos verticais é aceita a montagem das telhas estruturais em posição invertida, desde que recomendada pelo fabricante. O espaçamento máximo entre os eixos dos apoios deve ser tal que a telha estrutural atenda as soluções construtivas que propiciem, à cobertura ou ao fechamento lateral, resistência à ação do vento de até 60 km/h. O balanço máximo de uma telha estrutural, quando em fachadas, não pode ultrapassar 50% do balanço máximo especificado para coberturas, quando a ação do vento puder incidir nas duas faces da telha. Incidindo somente em uma face, o balanço pode ser igual ao da cobertura.
Junto ao piso transitável, a telha estrutural não pode ser usada com balanços maiores que 50% do valor máximo admitido na cobertura, a não ser que se proteja este balanço contra impactos (de veículos, por exemplo). Os elementos de fixação devem conferir à telha estrutural capacidade de resistir aos esforços solicitantes sem o aparecimento de trincas, quando estas telhas estiverem no vão ou em balanços máximos. Os ensaios devem ser realizados de acordo com a NBR 5643.
Hayrton Rodrigues do Prado Filho