A Qualidade dos implantes de metais absorvíveis
Redação
Os metais absorvíveis ou os metais que corroem em ambiente fisiológico, constituem uma nova classe de biomateriais destinados a aplicações temporárias de implantes médicos. A introdução desses metais mudou o paradigma estabelecido de implantes metálicos de prevenir a corrosão para sua aplicação direta. O interesse por metais absorvíveis tem crescido na última década e isso pode ser comprovado pelo rápido aumento na publicação científica, desenvolvimento progressivo de padrões e lançamento dos primeiros produtos comerciais. Ferro, magnésio, zinco e suas ligas são as três famílias atuais de metais absorvíveis. Os à base de magnésio são a família que está mais progredindo, com um grande conjunto de dados obtidos de pesquisas básicas e translacionais. Os metais à base de ferro ainda enfrentam um grande desafio de baixa taxa de corrosão in vivo, apesar dos esforços significativos que foram feitos para superar esse problema. Os metais à base de zinco são os novos metais absorvíveis alternativos com taxas de corrosão moderadas que se situam entre as do ferro e do magnésio. Dessa forma, os metais absorvíveis, como os padrões ASTM e ISO os denominaram, e também conhecidos como metais biodegradáveis, são metais e ligas que se destinam ao uso em aplicações biomédicas, principalmente como materiais para implantes temporários, como stents endovasculares, placas e parafusos ósseos e materiais porosos. Espera-se que eles sejam completamente degradados e absorvidos pelo corpo após fornecerem uma função necessária, eliminando assim os efeitos prejudiciais potenciais dos implantes permanentes. A introdução desses metais mudou o paradigma estabelecido de implantes de metal de prevenir a corrosão para tirar proveito dela. O interesse por esses metais tem crescido na última década, conforme indicado pelo rápido aumento nas publicações científicas, o desenvolvimento progressivo de padrões e o lançamento de produtos comerciais. As famílias de metais absorvíveis podem ser agrupadas em ferro, magnésio, zinco e suas ligas. O grupo do magnésio é considerado a família mais estudada e o grupo do ferro tornou-se objeto de esforços significativos para superar seu principal desafio de baixas taxas de corrosão in vivo, enquanto o grupo do zinco é o membro recém-adicionado dos metais absorvíveis. Deve-se compreender abordagens atualmente reconhecidas e considerações especiais necessárias para avaliação dos desempenhos in vitro e in vivo de metais absorvíveis e de implantes fabricados, no todo ou em parte, a partir deles.
Da Redação –
Os implantes sintéticos fabricados a partir de alfa-hidroxi poliésteres hidrolisáveis foram descritos como absorvíveis, desde que as primeiras suturas à base de glicolídeo foram comercializadas nos Estados Unidos, na década de 1970. Naquela época, as suturas baseadas em copolímeros de poli(glicolídeo) (DEXON – Davis e Geck) e de poli(glicolídeo-colactídeo) (VICRYL-Ethicon) foram classificadas como sutura cirúrgica absorvível pela United States Pharmacopeia (USP) e pela United States Food Drug Administration (US-FDA), designação que permanece até hoje.
Em contraste com a sutura cirúrgica não absorvível, as suturas sintéticas de glicolídeo-lactídeo e à base de colágeno sofrem cisão hidrolítica e/ou enzimática da cadeia, gerando produtos de degradação que são, então, absorvidos pelo corpo. Desde esta designação, outros termos, como degradável e reabsorvível, têm sido usados alternadamente para descrever implantes absorvíveis, com o prefixo bio frequentemente aplicado a todos estes termos.
Com base no uso histórico e no precedente regulatório, a norma utiliza preferencialmente o termo absorver/absorvível/...