Os resíduos eletroeletrônicos são um desafio para a indústria
Redação
Cada pessoa no planeta irá produzir, por ano, em média, 7,6 kg de lixo eletrônico, o que significa que 57,4 milhões de toneladas serão geradas em todo o mundo. Apenas 17,4% desse lixo eletrônico, contendo uma mistura de substâncias nocivas e materiais preciosos, será registrado como sendo devidamente coletado, tratado e reciclado.
Andrés Rincón –
Todos os dias, milhares de toneladas de lixo eletrônico são gerados no mundo. Lixo este, que, além de possuir um modelo de descarte muito específico, requer um manuseio especial no momento de reciclá-lo. De acordo com a Universidade Javeriana, da Colômbia, o uso incorreto de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos (RAEE) tem implicações sérias para a saúde.
O estudo, denominado Outra pandemia moderna: lixo elétrico e eletrônico, realizado pela Universidade, indica que esses dispositivos podem conter até 69 elementos químicos, incluindo materiais tóxicos, como chumbo, mercúrio, cromo, entre outros. Caso não sejam manejados da forma correta, a presença de metais pesados e outras substâncias perigosas constituem um sério risco para a saúde humana.
Um monitoramento realizado pelas Nações Unidas concluiu que, na América Latina, 97% do lixo eletrônico não é tratado adequadamente. O Brasil é o primeiro país na América Latina e o quinto no mundo que mais gera RAEE, segundo o relatório, e, apenas em 2019, mais de 2 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos foram descartados no país, com menos de...