Publicado em 28 out 2025

Os problemas relacionados com o câncer de mama

Redação

O câncer de mama é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres. O risco médio de câncer de mama ao longo da vida para uma mulher nos Estados Unidos foi estimado em 12,3% (ou seja, 1 em cada 8 mulheres). Mundialmente, foram estimados 2,3 milhões de novos casos de câncer de mama em 2020 e cerca de 645 mil óbitos decorrentes da doença.

O câncer de mama é uma das neoplasias malignas mais comuns entre as mulheres, com uma incidência significativa em diversas regiões do mundo. O prognóstico e o tratamento do câncer de mama são influenciados por fatores como a localização do tumor, a idade da paciente, o estadiamento da doença e características histopatológicas, biológicas e moleculares.

O diagnóstico precoce é crucial, pois está associado a melhores taxas de sobrevida e opções de tratamento menos agressivas. A idade é um dos principais fatores de risco, com a incidência aumentando a partir dos 40 anos.

Outros fatores de risco incluem as características reprodutivas, como menarca precoce, nuliparidade, idade avançada na primeira gestação, menopausa tardia e uso de terapia de reposição hormonal. A história familiar de câncer de mama também é um fator relevante, aumentando o risco em mulheres com parentes próximos afetados.

O tratamento do câncer de mama pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia hormonal, dependendo do tipo e estágio da doença. A abordagem cirúrgica pode ser conservadora ou radical, e a escolha do tratamento deve considerar as características do tumor e as preferências da paciente.

MS-PCDT: Câncer de Mama avalia que o câncer de mama tem seu prognóstico e tratamento definidos pela localização, idade de apresentação e estadiamento, bem como fatores de risco que consideram critérios histopatológicos, biológicos, moleculares e genéticos. Considera-se que o prognóstico é mais favorável quando o câncer de mama é diagnosticado e tratado precocemente comparado ao diagnóstico em estádios avançados ou com metástases sistêmicas.

Um estudo acompanhou 1.381 pacientes com câncer de mama e identificou correlação significativa entre o número de metástases em linfonodos axilares, o diâmetro máximo do tumor, a classificação TNM e os receptores hormonais e o tempo de sobrevida livre de progressão. A idade é considerada o principal fator de risco para o câncer de mama feminino, uma vez que as taxas de incidência aumentam a partir de 40 anos.

Um estudo aponta que, no Brasil, a média de idade do diagnóstico de câncer de mama foi de 54 anos. Ainda, 41,1% das pacientes tinham menos de 50 anos ao diagnóstico, das quais 23,3% foram diagnosticadas no estádio I, 53,5% no estádio II e 23,2% no estádio III.

A taxa de sobrevida global em 5 anos foi de 96,84% para pacientes no estádio I, 94,16% no estádio II e 70,48% no estádio III. Outros fatores de risco estabelecidos incluem aqueles relacionados à vida reprodutiva da mulher (menarca precoce, nuliparidade, idade da primeira gestação a termo acima dos 30 anos; menopausa tardia e terapia de reposição hormonal), alta densidade do tecido mamário, obesidade, urbanização e elevação do status socioeconômico.

A história familiar de câncer da mama aumenta o risco em 5,5% para mulheres com um parente de primeiro grau afetado e em 13,3%, para aquelas com dois parentes de primeiro grau. Uma revisão sistemática sumarizou dados de 96 artigos e identificou 58 modelos prognósticos que previam mortalidade, recidiva ou ambos em pacientes com câncer de mama.

Os preditores mais frequentemente identificados nessa revisão foram o estado nodal, o tamanho do tumor, o grau do tumor, a idade ao diagnóstico e o estado do receptor de estrogênio. A identificação de fatores de risco e da doença em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil e adequado para o atendimento especializado dão à atenção primária um caráter essencial para um melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos.

Este protocolo visa a uniformizar o estabelecimento de protocolos terapêuticos com base em evidências que garantam a segurança, a efetividade e a reprodutibilidade, para orientar condutas e protocolos assistenciais. Ele aborda os procedimentos e esquemas terapêuticos atualmente disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

Alguns medicamentos citados no texto não possuem recomendação favorável de incorporação e, portanto, não estão indicados como alternativas terapêuticas no SUS. Os esquemas terapêuticos já incorporados ao SUS estão destacados nos quadros de acordo com as linhas de tratamento.

Artigo atualizado em 21/10/2025 04:55.
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