Por que captar e manter talentos na cadeia de abastecimento?
Redação
Do ponto de vista empresarial, o movimento de alta rotatividade revela deficiências operacionais, resultando em impactos financeiros e reputacionais negativos para o negócio. Por isso, é fundamental que o processo de seleção desses profissionais seja feito de modo a compreender se o perfil deles dá match com o da empresa e até mesmo se os valores são semelhantes aos que o empregador defende, sem esquecer de buscar investimentos para promover a qualidade no ambiente de trabalho.
Rafael Martins –
Um dos principais desafios das empresas é obter patrocínio para implementar mudanças e melhorar os índices de turnover que, quando elevados, significam perda de capital humano. A rotatividade de profissionais nas organizações gira em torno de 20%, enquanto nas empresas certificadas e com excelentes locais para se trabalhar, este índice cai para 7%, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Os setores que estão ligados ao poder de compra, como a cadeia de distribuição, são os que mais sofrem com o turnover de colaboradores. Isso porque, se a economia está desaquecida, a demanda de serviços é menor e, consequentemente, impacta na redução de colaboradores para que a empresa funcione sem prejuízos.
Mas, há outra lógica envolvida no tema. Os colaboradores dedicados a esse segmento e que atuam no chão de fábrica ou como operadores no Centro de Distribuição ou mesmo ajudantes de carga e descarga, geralmente aceitam o emprego por falta de opções. São funções que exigem um nível mais baixo de capacitação e treinamentos. Com o tempo, esses profissionais a...