Os sintomas clínicos da tuberculose
Redação
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões, mas pode atingir outros órgãos. É transmitida pelo ar, por meio de gotículas de saliva expelidas pela tosse ou espirro de pessoas com a forma pulmonar ativa. Os sintomas incluem tosse por mais de três semanas, febre no final da tarde, suores noturnos, emagrecimento e cansaço excessivo.

A tuberculose é uma infecção bacteriana causada principalmente pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta predominantemente os pulmões, mas pode também comprometer outros órgãos. Os sintomas clínicos da tuberculose podem variar.
Uma tosse persistente, muitas vezes com duração superior a três semanas, podendo ser seca ou produtiva, e em casos avançados, pode apresentar hemoptise (escarro com sangue). A febre geralmente de intensidade baixa a moderada, podendo ser intermitente.
A sudorese excessiva durante a noite, que pode ser um sinal característico da doença, o emagrecimento significativo sem causa aparente e o cansaço extremo e falta de energia, além da dor no peito que pode ocorrer em casos de envolvimento pulmonar.
Além desses sintomas, a tuberculose pode se manifestar de forma extrapulmonar, afetando outros órgãos, o que pode levar a sintomas adicionais dependendo da localização da infecção. A investigação da tuberculose deve ser realizada em pacientes com esses sintomas, especialmente em populações de risco, como pessoas vivendo com HIV, onde a tuberculose é uma das principais causas de morte.
Assim, a tuberculose (TB) é frequentemente vista como uma doença do passado. No entanto, é uma das mais infecciosas do mundo. Mesmo com a redução de 47% da taxa de mortalidade global entre os anos de 1990 e 2015, ainda há lacunas importantes na cobertura e deficiências graves quando se trata de diagnóstico e tratamento dessa doença.
Estigmatizada e silenciosa, a TB continua presente de maneira mortal entre a população brasileira, apesar de já haver diagnóstico e tratamento para essa doença. A maioria das pessoas expostas à TB nunca desenvolvem os sintomas, já que a bactéria pode viver na forma inativa dentro do corpo.
Entretanto, se o sistema imunológico enfraquecer, como acontece com pessoas com desnutrição, pessoas vivendo com HIV/Aids e com pessoas idosas, a bactéria da tuberculose pode se tornar ativa. Entre 5 e 10% das pessoas infectadas com a bactéria têm o risco de desenvolver a forma ativa e contagiosa da doença em algum ponto de suas vidas.
O tratamento para tuberculose sem complicações leva, no mínimo, seis meses e, na maior parte dos casos, o tratamento é feito com dois antibióticos de primeira linha: rifampicina e isoniazida. Quando os pacientes são resistentes a esses antibióticos, considera-se que eles tenham desenvolvido a TB-MDR (tuberculose multirresistente a medicamentos).
A TB-MDR não é impossível de tratar, mas o tratamento pode levar até dois anos e causar diversos efeitos colaterais graves. Além disso, o tratamento é muito caro e com uma taxa de cura baixa. Em 2012, foi lançado o primeiro medicamento contra tuberculose em mais de 50 anos, bedaquilina, que representava uma oportunidade de aumentar a taxa de cura da TB-MDR. Em 2014, um segundo medicamento, delamanida, também foi aprovado para uso. Porém, até hoje, menos de mil pessoas no mundo todo tiveram acesso aos novos medicamentos.
A tuberculose ultrarresistente (TB-XDR) é identificada quando a resistência aos medicamentos de segunda linha descritos anteriormente se desenvolve durante a TB-MDR; a chance de cura é de apenas 20%. Apesar desse fato, os projetos de MSF apontaram resultados promissores com base no uso de um antibiótico de alta resistência, chamado linezolida, como parte do regime de tratamento para TB-XDR. Este medicamento não está amplamente disponível em alguns países, pois é extremamente caro, foi patenteado e as unidades disponíveis não estão registradas como tratamento para tuberculose, o que dificulta o acesso por meio dos estabelecimentos públicos.