Publicado em 07 abr 2020

Epidemia, pandemia… e a economia, como fica?

Redação

As consequências econômicas das medidas tomadas para prevenir ou controlar a epidemia podem ser mais danosas à vida das pessoas do que os sintomas do vírus.

Vladimir Fernandes Maciel - 

A insurgência do coronavírus (COVID-19) tem chamado a atenção do grande público, seja pela profusão de notícias, seja pelo tom alarmista de muitas delas. O que é sabido cientificamente, até o momento, é que a letalidade do vírus não é tão elevada quanto parecia nos primeiros casos, porém ele é altamente contagioso. Numa escala de preocupações, vale lembrar que a gripe comum mata milhares de pessoas todos os anos e que a dengue tem produzido um quadro de contágio e de letalidade muito maior em países como o Brasil.

O maior motivo de preocupação real, todavia, não tem merecido o devido destaque. As consequências econômicas das medidas tomadas para prevenir ou controlar a epidemia podem ser mais danosas à vida das pessoas do que os sintomas do vírus.

A contenção da disseminação do COVID-19 pelo governo chinês e o medo das pessoas devido ao desconhecimento inicial sobre a letalidade e a possibilidade de contaminação, paralisou a produção do “chão de fábrica” do mundo, a província de Wuhan. O alarmismo fez com que uma doença não tão letal se tornasse potencialmente muito letal, só que do ponto de vista econômico.

Os efeitos iniciais e diretos sobre as cadeias globais de valor vão em quatro sentidos. O primeiro efeito é a redução do nível de atividade industrial da China e do mundo como um todo, uma vez que milhares processos produtivos espalhados pelo globo dependem de insumos, peças, parte e componen...

Artigo atualizado em 07/04/2020 05:09.

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